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desmatamento da amazônia passivos do agronegócio
2008-01-29
Depois de apresentar queda consecutiva nos índices de desmatamento durante três anos consecutivos, o governo brasileiro anunciou na última semana o aumento de área desmatada em 36 municípios amazônicos, registrado entre os meses de agosto e dezembro de 2007. Assim que os dados foram divulgados, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião emergencial e declarou a proibição de se emitir novas autorizações de derrubada de mata nesses locais. Áreas que apresentarem desmatamento ilegal também deverão sofrer embargo.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a devastação no período foi de no mínimo 3.233 quilômetros quadrados, podendo atingir até 7 mil quilômetros quadrados. A diferença nos números é devida à imprecisão do método de observação da derrubada, o sistema Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), que identifica aproximadamente 40% do desmatamento real.

“O Deter é um sistema ágil, porém impreciso, que não foi concebido para medir área desmatada, mas para alertar o governo a agir”, avalia a organização Greenpeace.  “A área de 7 mil quilômetros quadrados já desmatada será somada ao que será desmatado no primeiro semestre de 2008 para compor o número final do desmatamento 2007-2008. Se o governo não agir de forma dura e imediata, a próxima taxa de desmatamento anual será um desastre”, diz Paulo Adario, coordenador da campanha Amazônia, do Greenpeace.

Essa falta de precisão do sistema brasileiro testemunha contra o país, que defende a criação de um fundo global para combater o desmatamento nas nações em desenvolvimento. Uma das premissas desse plano é conseguir monitorar e mensurar a derrubada das florestas com eficiência. No entanto, matéria publicada pelo jornal O Estado de São Paulo neste sábado confirma que os números divulgados em outubro sobre o desmatamento na Amazônia estavam errados.

O diretor do Inpe, Gilberto Câmara, informa que houve dupla contagem das áreas desmatadas – o que fez com que o resultado equivocado do monitoramento, com destaque para o aumento explosivo de 600% dos índices em Rondônia, fosse amplamente divulgado na imprensa, prejudicando a imagem do país em relação a sua capacidade de conter o desmatamento.

“Erramos e corrigimos. Os números (divulgados em outubro) não têm mais validade”, afirmou Câmara. Ele diz que os novos números divulgados quarta-feira, estão corretos, apesar de ainda apresentarem um crescimento alarmante do desmatamento nos últimos dois meses de 2007.

Cultivo
Para o Greenpeace, a retomada da destruição da floresta está ligada ao aumento dos preços internacionais de soja, milho e carne e à falta de adoção de medidas estruturantes para neutralizar a expansão da fronteira agrícola sobre a Amazônia, previstas no Plano Nacional de Controle e Combate ao Desmatamento do governo Lula.

Os números mensais de desmatamento estavam aumentando desde maio, empurrados pelo aumento nos preços das commodities agrícolas. “O governo poderia ter agido antes, quando os números estavam em baixa e a pressão sobre a floresta era menor. Agora, fica tudo mais difícil, principalmente porque 2008 é ano eleitoral, quando cai o apetite das autoridades em fiscalizar e punir”, afirma Adario.

Penalidades
Nos 36 municípios nos estados de Mato Grosso, Pará, Amazonas e Rondônia, o Banco do Brasil, Banco da Amazônia e BNDES ficam proibidos de financiar atividades que causem desmatamento; Polícia Federal, Força Nacional de Segurança e Exército deverão priorizar as ações de combate ao desmatamento; as áreas embargadas em municípios críticos deverão ser monitoradas todo mês, através de sobrevôos pelas aeronaves do Sistema de proteção da Amazônia; e o Incra deverá recadastrar as propriedades rurais nos municípios críticos.

(Por Sabrina Domingos, CarbonoBrasil, 28/01/2008)



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