Em sete meses termina prazo para uso do aterro sanitário no Guajuviras
Em sete meses vence o período de operação do aterro sanitário de resíduos urbanos de Canoas. Depois desse prazo, conforme a Fundação Estadual de Preservação Ambiental (Fepam), a Prefeitura terá que encontrar uma cidade que receba as cerca de 6 mil toneladas de lixo residencial destinadas mensalmente ao local. Na avaliação da Fepam o Município não possui uma área adequada para instalação de um novo aterro. Técnicos do órgão salientam que Nova Santa Rita também sentirá os reflexos, já que o lixo do município vizinho é depositado em Canoas.
A licença de operação do aterro sanitário, localizado na Fazenda Guajuviras, expira no dia 22 de agosto deste ano. Segundo a Fepam, a área de 13 hectares está com a vida útil no limite. Entretanto, o secretário municipal de Preservação Ambiental (Sempa), Marcos Chedid, afirma ainda estar no prazo para pedir a renovação e que quem determina a via útil do empreendimento são os técnicos da Prefeitura. “Com base na documentação fornecida pela Prefeitura eles subiram o limite da estrutura do aterro que só tinha condição para mais um talude, que está em uso”, explica a técnica do setor de resíduos urbanos da Divisão de Saneamento Ambiental da Fepam, a bióloga Andréa Garcia.
Protocolo
A técnica da Fepam destaca que nenhum pedido foi protocolado pela Prefeitura junto ao órgão relativo à prorrogação da licença atual ou mesmo para ampliação do aterro do Guajuviras. Chedid explica que geralmente esse tipo de procedimento é feito próximo ao vencimento da licença em vigor. “Estamos dentro do prazo legal”, reitera Chedid.
O secretário rebate a avaliação da técnica da Fepam sobre a vida útil do aterro. “Uma coisa é fazer a projeção teórica. Hoje, com o aumento da coleta seletiva e o encaminhamento de entulhos para o Jorge Lanner (o distrito industrial no bairro Niterói) reduziu bastante o volume de lixo para o aterro sanitário”, diz Chedid.
(Diário de Canoas, 28/01/2008)