O morador do número 247 da Rua Lindolfo Collor, no Centro de São Leopoldo, João Emílio Schweitzer, está buscando há mais de dois anos detectar a origem da água que brota sob o terreno de sua família. Segundo ele, que em dezembro teve arquivada pela 4ª Vara Cível do Município uma ação movida contra o Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae) de São Leopoldo e o Condomínio Centauro, a água seria de um vazamento existente na caixa d’água do prédio em questão, que fica ao lado da sua casa. Tanto o Semae quanto a administradora responsável pelo Edifício Centauro afirmam que não há vazamento no local.
Schweitzer sustenta que seu único propósito é esclarecer o que está ocorrendo e questiona o estado da caixa d’água do prédio, que estaria em péssimas condições. "Estou desde 2005 tentando resolver esta questão. Quero saber se trata-se de vazamento ou de um fenômeno natural. Sei dos laudos que dizem não existir vazamento, mas também tenho um do próprio Semae que afirma haver o problema, até porque há cloro na água, indicativo de que é produto tratado pelo Município."
O presidente da Associação Patrulheiros Ecológicos de São Francisco de Assis (Apesfa), Francisco Miler, acompanha o caso da residência de João Schweitzer desde o início e concorda com a afirmação de que há um vazamento no local. “Tenho fotos que mostram a situação precária das instalações da caixa d’água do prédio ao lado, por isso exigimos o laudo que comprove que está tudo bem. É uma questão de saúde pública que precisa ser resolvida o quanto antes."
O procurador geral do Semae, Walter Leo Verbist, destaca que foram feitas perícias no local e que nada foi constatado. "A própria justiça designou um técnico para vistoriar o local e arquivou o processo devido ao fato de o perito não ter encontrado nenhum tipo de vazamento, pois a água que brota é de vertentes, não havendo nenhuma responsabilidade por parte do condomínio ou do Semae. Para nós o assunto está encerrado."
A administradora de condomínios responsável pelo Edifício Centauro nega que existam problemas na caixa d’água do prédio. "A situação é normal, não existem vazamentos ou infiltrações no prédio, fato que é comprovado por não haver excesso de consumo nas contas de água dos moradores", destaca a sócia-gerente da administradora, Virgínia Maria do Nascimento.
(Jornal VS, 28/01/2008)