Vigilância Ambiental diz que locais são monitorados, e que o mosquito da dengue não se prolifera por ali
O que seriam pontos de beleza em dois espaços públicos da cidade podem ser focos para a proliferação de doenças. Em Santa Maria, as praças Saldanha Marinho e Saturnino de Brito têm chafarizes que, na sua estrutura, acumulam água parada, considerada um problema pelos agentes de saúde que combatem o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. Segundo um médico, que não quis se identificar, os locais são pontos de possível proliferação de doenças.
- Não sei se as larvas que estão nesses locais são do mosquito da dengue, mas acredito que sejam pontos suspeitos - comenta.
Na Saturnino de Brito, a água alcança cerca de 10 centímetros de altura. Na Saldanha Marinho, a água parada exibe dezenas de larvas, que podem ser vistas por quem passa por ali, algo nada agradável para um local feito para passeio.
- O exemplo precisa vir de cima. Como cobrar que as pessoas cuidem para não acumular água em casa, se nos locais públicos isso acontece? Deveriam ser encontradas alternativas para esses lugares porque são situações propícias para a proliferação de mosquitos - observa o médico.
De acordo com o secretário de Comunicação Social, Tiago Machado, técnicos da Diretoria de Vigilância Ambiental, órgão ligado à Secretaria Municipal de Saúde, afirmam que nas duas praças não há risco de proliferação do mosquito da dengue porque os locais são monitorados semanalmente, assim como os demais espaços públicos da cidade. As larvas que podem ser vistas na água do chafariz da Praça Saldanha Marinho, conforme os técnicos, não são do Aedes aegypti. Eles salientam que esse mosquito prefere lugares pequenos e escuros para o seu desenvolvimento.
Em relação à água parada, acumulada na base dos dois chafarizes, Tiago Machado garante que a Secretaria de Obras e Serviços Urbanos deverá providenciar uma limpeza, nos próximos dias.
(Diário de Santa Maria, 29/01/2008)