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desmatamento da amazônia
2008-01-29
O principal foco da Secretaria Estadual de Meio Ambiente é o de promover o desenvolvimento ambiental sustentável.  Em outras palavras, fazer com que o desmatamento e o avanço da produção ao Norte do Estado, principalmente, ocorra de maneira ordenada, com menos impacto possível.  Não é bem isso, porém, que acontece, vide os satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que colocou Mato Grosso novamente como o "campeão dos desmatamentos".  Números mais por um sistema, números menos por outro, o fato é que o desmatamento continua elevado e a divulgação na semana passada poderá antecipar a queda de Luís Henrique Daldegan do cargo de secretário de Meio Ambiente.

Não é de hoje que o governador Blairo Maggi vem dando evidentes sinais de descontentamento com a atuação de Daldegan - cuja indicação para o cargo teve o aval irrestrito do então deputado Humberto Bosaipo, atual conselheiro do Tribunal de Contas.  A ponto de o governador ter tentado convencer o prefeito José Aparecido dos Santos, atual presidente da Associação Matogrossense dos Municípios, para assumir o cargo.  Não conseguiu.  Até aqui, ainda não há um nome para o lugar de Daldegan.  O "pacote" de mudanças no Governo ocorrerá depois do carnaval.

Daldegan está na "corda bamba" já há algum tempo.  Antes mesmo da instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) pela Assembléia Legislativa com a finalidade de investigar os procedimentos da Secretaria, que estava funcionando sob pressão da propina - em nome de uma política ambiental dura e rígida se "vendia" facilidades.  Tanto que vários foram os servidores que acabaram presos em operações da Polícia Federal, envolvidos em negociatas.  O secretário, no entanto, não conseguiu "estancar" o problema e o Governo seguia-se exposto.

Na CPI, contudo, Daldegan mostrou despreparo para ocupar o cargo, ao revelar falta de cuidados sistêmicos e operacionais.  Durante um depoimento, chegou ao ponto de demonstrar falta de controle com as informações da Pasta.  Daldegan foi mais longe ao admitir que o Estado fazia "má gestão" florestal - o que expôs ainda mais o Governo e agora a figura do governador, cuja imagem internacional é dividida entre um "grande homem de negócios" e, para os ambientalistas, "moto-serra de ouro", responsável por fomentar o nível de desmatamento no Estado rumo a floresta Amazônica.

Tirando as inúmeras denúncias montadas em dossiê por funcionários da própria Secretaria, a Sema é um "rosário" de problemas.  Da CPI saíram 85 recomendações: que vão desde a ausência de procedimentos e métodos ate a base cartográfica tem do Estado "O Estado vai capengar se não houver uma mudança radical" - explica o deputado José Riva (PP), presidente da comissão.  Da CPI também saiu outra informação: que o Estado sofreu prejuízos na ordem de R$ 1 bilhão por conta da falta de estrutura e ação dos seus dirigentes.

Em verdade, Daldegan vem se sustentando mais politicamente do que sua desenvoltura e liderança para discutir estratégias que possam recolocar Mato Grosso numa condição mais adequada perante a crítica nacional e internacional.  O próprio Riva evita discutir se o secretário deve ou não continuar no cargo - o que, para muitos, é cristalino que não, inclusive para o conjunto de servidores.  Segundo o parlamentar, "a mudança de secretario e decisão do Governo".  Ele afirma que a gestão que esta sendo desenvolvida na Sema é satisfatória para a política ambiental e para o setor produtivo do Estado, mas que tem a haver mudança radical: "Isso tem que haver".

Riva considera que o Governo "precisa avaliar sua política ambiental em todos os aspectos" e que a Secretaria de Meio Ambiente esta "desaparelhada física, pessoal, tecnologicamente".  O presidente da CPI destacou que o Estado não tem um norte a seguir e a política ambiental "é uma política totalmente desordenada".  Ele diz que imaginava-se que a tecnologia de Mato Grosso era de primeiro mundo, mas que não foi isso que foi constatado.  Ele criticou o mal aproveitamento do quadro de pessoal e distorções com empresas terceirizadas, cujos contratos se paga melhor que o Estado, o que provocava desestímulo a muitos servidores.

(Por Valdemir Roberto, 24 Horas News, 28/01/2008)


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