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desmatamento da amazônia
2008-01-29
Prefeitos de partidos aliados de Lula são 29, oposição tem 5 e 2 são dos "nanicos'

PR, sigla de Maggi, controla um quarto das prefeituras; deputado líder da legenda diz que problema está fora da alçada do poder local

O PR, partido cujo presidente de honra é o governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, controla um quarto das 36 cidades apontadas na semana passada pelo Ministério do Meio Ambiente como as campeãs do desmatamento amazônico.

O PT, partido da ministra Marina Silva, vem em segundo lugar, ao lado do PMDB, com cinco cidades, cada, na "lista suja" do governo.

O mapa dos municípios que mais desmatam mostra uma folgada maioria de prefeituras controladas por partidos da base do governo. São 29, enquanto três partidos de oposição (PSDB, DEM e PPS) têm juntas cinco prefeituras. As outras duas são de legendas "nanicas" sem representação no Congresso Nacional, o PRP e o PSL.

Empresário que é apontado como "rei da soja", Maggi migrou no início do ano passado do PPS para o PR, com o objetivo de receber melhor tratamento do governo. Junto, levou cerca de 30 prefeitos, que seguem cegamente sua orientação política. Dos nove prefeitos do partido na lista dos desmatadores, oito são mato-grossenses e um é do Pará.

"Isso [desmatamento] não faz parte da orientação do PR. Inclusive temos um item no nosso programa que apóia integralmente a preservação ambiental", disse Luciano Castro (RR), líder do partido na Câmara dos Deputados.

Castro diz que o poder que os municípios têm para interferir no desmatamento é limitado, em comparação com os governos estaduais e federal. "A vinculação com as prefeituras me parece fora de foco. Acredito que a maior área desmatada seja privada, que está sobre o controle do Ibama e por isso os prefeitos não têm controle", afirma o representante do PR.

Mas, como lembra o secretário nacional de meio ambiente do PT, deputado Fernando Ferro (PE), os prefeitos podem agir como "agentes de identificação do problema".

"Nós precisamos começar um processo de sensibilização com os prefeitos sobre a gravidade da situação. Em primeiro lugar, obviamente, procurando os prefeitos do nosso próprio partido", afirma Ferro. Mas ele nega que haja um desconforto político especial para o partido. "O desconforto é para o país como um todo".

Alguns dos prefeitos fazem coro com o Ministério da Agricultura e negam que a expansão desmedida da pecuária seja a causadora do aumento da área desmatada na Amazônia.

O prefeito de Santana do Araguaia (PA), Antônio Carveli Filho (PPS), por exemplo, aponta o dedo para os cerca de 5.000 assentados do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) no município.

"O próprio governo federal criou esse problema. Os colonos tocam fogo para fazer suas lavouras e nós não podemos fazer nada. Se a gente for lá, leva porrada", diz o prefeito da cidade paraense.

"Dados foram checados, rechecados e trechecados", diz Gilberto Câmara, diretor do Inpe

O diretor do Inpe (Instituto de Pesquisas Espaciais), Gilberto Câmara, evitou polemizar com o governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, e com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. Ambos duvidaram que os dados do Inpe que mostram aceleração no desmatamento estejam corretos. Em entrevista no domingo ao jornal "O Estado de S.Paulo", Maggi declarou que o Inpe estava "mentindo a serviço de alguém". Câmara admitiu que o Inpe sobrestimou os dados de setembro, mas que o problema já havia sido corrigido quando o novo alerta foi publicado, na última quarta-feira. "O dado publicado e compilado foi checado, rechecado e "trechecado"." Procurado pela Folha ontem, o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, não quis comentar as críticas feitas por Maggi ao Inpe, que é subordinado a sua pasta.

(Fábio Zanini e Maria Clara Cabral, Folha de São Paulo, 29/01/2008)



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