Comitê defende autonomia de gestão para Porto de Rio Grande e defende recursos do PAC ao setor
As entidades que formam o Comitê Pró-Porto RS defenderam ontem (28), na comemoração dos 200 anos da Abertura dos Portos brasileiros, autonomia de gestão para o Porto de Rio Grande, a municipalização ou a privatização dos portos de Estrela, Cachoeira e Porto Alegre e uma política pública de recuperação das hidrovias, reduzidas de 1,2 mil para 800 quilômetros em dez anos. 'Precisamos uma segunda abertura dos portos brasileiros', declarou o presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), Wilen Manteli.
Segundo ele, a administração portuária não pode ficar engessada às limitações legais impostas aos órgãos públicos. Manteli também defendeu a mobilização política e empresarial para garantir os recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para as obras de prolongamento dos molhes e aumento do calado (de 40 para 60 pés) do Porto de Rio Grande. Os investimentos são de R$ 400 milhões.
A governadora Yeda Crusius ressaltou a autonomia financeira concedida ao Porto de Rio Grande, que passou a administrar a própria receita, antes canalizada para o caixa único do Estado. Yeda revelou que o governo proporá à Assembléia Legislativa um debate sobre as necessidades e as diretrizes do Estado. 'Vamos desenhar o que fazer juntos, como um Pacto Pelo Rio Grande Dois, já com os resultados da Agenda 2020', explicou a governadora.
Os 200 anos de abertura dos portos, determinada por Dom João VI em 1808, foi comemorada com um almoço no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre. O presidente da Assembléia, deputado Frederico Antunes, entregou uma placa alusiva à data ao presidente da ABTP. Também foi anunciada a criação da Frente Parlamentar Portuária e Legislativa, que deverá ser presidida pelo deputado Sandro de Oliveira.
‘É preciso uma segunda abertura dos portos’, afirma Manteli
(Correio do Povo, 29/01/2008)