O navio do Greenpeace, o Esperanza, parou de perseguir o navio fábrica Nisshin Maru e está voltando para Nova Zelândia. Apesar de termos entrado em contato com a líder da campanha para solicitar a posição do Nisshin Maru, ela respondeu que não haveria a necessidade de liberar as coordenadas pois o Oceanic Viking – navio da alfândega australiana; continuaria documentando as atividades da embarcação em questão, continuando seu trabalho.
Quando questionada sobre o interesse do Greenpeace em prevenir a matança das baleias agora que eles estão deixando a Antártica, ela simplesmente respondeu que eles não tinham intenção em cooperar com a Sea Shepherd e desligou o telefone.
Desde o início desta campanha, a Sea Shepherd tem tentado cooperar com o Greenpeace, liberando coordenadas desde o ano passado, oferencendo o nosso helicóptero. Porém, todas as nossas tentantivas de união para defender as baleias têm sido recusadas.
“Eu realmente preciso perguntar qual é a motivação do Greenpeace em vir aqui ano após anos” – diz Capitão Paul Watson, presidente e fundador da Sea Shepherd. “Suas campanhas são quase sempre as mesmas: fazer barulho com botes de borracha, mostrar cartazes e filmar baleias sendo mortas. As coisas mudaram substancialmente desde que a Sea Shepherd começou a intervir. Baleias não morrem quando apareceremos e ele continuam correndo. Eles nunca correram do Greenpeace e eles não estão correndo deles este ano. Até os baleeiros admitiram que eles estão correndo do nosso navio Steve Irwin.”
O que o público em geral não sabe é da enorme campanha de levantamento de recursos que eles fazem anualmente, levantando milhões de dólares, enquanto eles só usam uma fração do dinheiro doado. Além de propagandas na televisão, o Greenpeace comprou espaço nos maiores jornais, no Google e outros sites de mídia, que se clicado, nós leva a uma página pedindo doações.
“Isso tudo é ótimo” - diz Capitão Paul Watson. “Mas com todo esse dinheiro arrecado, porque eles estão deixando as baleias? Eles deveriam ir ao porto mais próximo, reabastecer seu tanque e voltar aos oceanos do sul para continuarem sua campanha. Os baleeiros estarão aqui por mais dois meses. Eles têm suas fotos e sua história e isso é suficiente para gerar o programa de levantamento de fundos para o resto do ano.
Se tivéssemos recursos, o Steve Irwin seria reabastecido e retornaria à Antartica, mas nosso orçamento annual de 2 milhões de doláres é muito pequeno em comparação com o do Greenpeace, que ultrapassa 100 milhões de dólares.
Com uma fração do orçamento do Greenpeace teríamos dois navios aqui por toda a temporada de caça. Mas de qualquer forma, faremos o possível para salvar as baleias.
O Steve Irwin continua a perseguir os navios de caça japoneses no Santuário das Baleias na Antartica. O navio Fukuyoshi Maru No. 2 continua em nossa cola para informar nossa posição à frota japonesa. “Por causa deste navio espião nos seguindo, nós não somos capazes de chegar perto dos baleeiros, mas continuamos a nossa perseguição mantendo-os correndo. Se eles estão correndo, não estão matando baleias” – diz Capitão Watson.
(Seashepherd,
Eco Agência, 29/01/2008)