Alvo são as intervenções de ONGs Cerca de 2 mil maçons caxienses estão se engajando, a partir desta semana, no programa Onda Verde, lançado em todo o país pela instituição máxima da maçonaria, o Grande Oriente do Brasil (GOB). A entidade está realizando reuniões de instrução sobre os problemas ambientais e possíveis intervenções internacionais na Amazônia.
A idéia é produzir multiplicadores para alertar a população sobre organizações não-governamentais (ONGs) que seriam fachadas para que empresas de outros países explorassem as riquezas da região.
De acordo com o orador da Loja Maçônica Cavaleiros de Cristo, de Caxias do Sul, Dirceu Freitas Lopes, o movimento começou em setembro, quando o GOB encaminhou uma notícia-crime ao Superior Tribunal Militar (STM). A maçonaria quer esclarecimentos sobre o suposto uso das Forças Armadas para expulsar fazendeiros e sobre a pouca investigação de ONGs estrangeiras.
- Temos indícios que potências estrangeiras estão tomando conta da Amazônia e proibindo a entrada de brasileiros em suas propriedades, restringindo, inclusive, o uso do espaço aéreo - revelou o venerável mestre da Cavaleiros de Cristo, Glauber José da Paixão.
Nas lojas maçônicas da região, a instrução está sendo feita por meio de um DVD editado e distribuído pelo GOB. O material fala da pujança ambiental da Amazônia e incentiva os maçons brasileiros a atuarem na defesa da área.
- Nos Estados Unidos, por exemplo, as crianças aprendem na escola que a Amazônia é uma região internacional pertencente à humanidade, e não ao Brasil - alerta o patriarca e inspetor geral da loja caxiense, Delesson Pavão Orengo.
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O Pioneiro, 29/01/2008)