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desmatamento da amazônia
2008-01-28

Marina Silva pode ser criacionista, mas boba ela não é. Ao apressar-se em divulgar os dados parciais do Inpe sobre o desmatamento na Amazônia e fazê-lo na última quarta-feira, numa solenidade (ou "fuzuê", como definiu o diretor do Inpe, Gilberto Câmara) pública, a ministra do Meio Ambiente jogou o problema no colo de quem é de direito: o presidente Lula e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

Pouca gente lembra, mas é de Dilma a responsabilidade última pela luta contra o desmatamento. Foi-lhe imputada em 2004, quando Lula concordou que a coordenação do então recém-criado Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento seria da Casa Civil.

Em tese, sempre em tese, Dilma coordena ações de outros 13 ministérios. Na prática, só Meio Ambiente e Justiça (via PF) se mexeram para tentar estancar a sangria imposta à Amazônia (60% do país) pelo "setor produtivo".

A omissão mais notável foi do Ministério da Agricultura. A pasta foi encarregada em 2004 para descobrir meios de ocupar os estimados 165 mil quilômetros quadrados (um Acre) de áreas degradadas na Amazônia, revertendo-as para produção. Não fez nada. Sua única grande contribuição foi gastar dinheiro do combate à derrubada na erradicação da febre aftosa. Algo que fez o desmatamento crescer: o sul do Pará é zona livre de aftosa desde 2007.

Nesse período, Dilma preferiu dedicar suas energias a grandes desígnios: petróleo e infra-estrutura. A Amazônia só passou por sua cabeça na hora de licenciar duas hidrelétricas em Rondônia.

Sobre isso os dados do Inpe também trazem uma má notícia: nos últimos cinco meses de 2007, aquele Estado teve uma área absoluta desmatada quase igual à do Pará. Só que com 20% do território deste. Gente que viu o mapa aposta que é mais do que coincidência que justamente naquele semestre tenha saído a licença prévia das usinas do Madeira.

Como a Casa Civil dificilmente fará como o chefe da Agricultura, que preferiu negar os números, supõe-se que o fuzuê de Marina Silva ajude a sacudir o governo.

(Claudio Angelo, Folha de São Paulo, 28/01/2008)

 


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