Os resultados do Projeto Piloto de Mapeamento do Potencial do Risco da Dengue na região metropolitana de Belém (PA), desenvolvido pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), foram apresentados na quinta-feira passada (24/01) na capital paraense. Em cada local, foram identificados os pontos considerados como mais críticos, como caixas d´água destampadas, piscinas sem tratamento, áreas com lixo acumulado e áreas alagadas.
O documento representa um verdadeiro mapa das áreas de risco para ocorrência dengue na região. O levantamento resulta de um pedido de apoio feito pela Secretaria Estadual de Saúde, com o objetivo de tornar mais eficaz o trabalho de erradicação de focos na cidade do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.
De posse dessas informações, as equipes de saúde terão o endereço certo das áreas mais críticas e poderão agir com exatidão na erradicação de possíveis focos de mosquitos. Os dados foram obtidos com base em imagens aéreas captadas e analisadas ao longo deste mês.
"Trata-se de uma versão preliminar do documento porque ainda nos resta analisar cerca de 10% da área incluída no projeto. Mas já podemos falar de todo mapeamento e localização exata dessas áreas potencialmente problemáticas no que diz respeito à contaminação pelo mosquito da dengue", informa Flávio Altire, que faz parte do setor de Divisão Ambiental em Belém.
A Região Metropolitana de Belém é composta pelos municípios de Ananindeua, Benevides, Marituba e Santa Bárbara do Pará.
Realizado com apoio do Corpo de Bombeiros, o trabalho contém gravações de imagens aéreas de cinco bairros de Belém: Jurunas, Batista Campos, Cremação, Nazaré e São Brás. De acordo com a Secretaria de Saúde Pública do Pará, de janeiro do ano passado até o início deste mês, foram notificados em todo o estado 14,6 mil casos de dengue, sendo 56 do tipo hemorrágico, com 15 mortes.
(Por Amanda Mota, Agência Brasil, 25/01/2008)