O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, acredita que a entrada na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) pode ser interessante para o Brasil. Segundo ele, o Brasil não quer influir no preço internacional do petróleo, mas gostaria de participar do planejamento de políticas para o setor.
“Se o Brasil está pensando em participar de um cartel que vai ter o objetivo que teve no passado, de manter os preços altos, creio que não seria nossa visão”, afirmou na sexta-feira (25/01) na cidade suíça de Davos, onde participa do Fórum Econômico Mundial. “Agora, o Brasil quer participar de um grupo de países que pode ter uma influência na política petrolífera que tem a ver também com as necessidades de abastecimento dos países mais pobres? Pode ser”, complementou.
Em novembro, durante a Cúpula Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo, em Santiago do Chile, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu que o Brasil poderá integrar a Opep após a descoberta das reservas de petróleo e gás pela Petrobras na Bacia de Santos (SP), que colocam o país entre os dez maiores produtores do mundo. Na ocasião, Lula chegou a afirmar que, caso entrasse na Opep, o Brasil defenderia a redução do preço do petróleo.
(Por Mylena Fiori, Agência Brasil, 26/01/2008)