O primeiro-ministro do Japão, Yasuo Fukuda, propôs hoje (26/01) fixar o objetivo de melhorar em 30% o uso de tecnologias que reduzam as emissões de CO2 até 2020, como forma de combater a mudança climática.
Em discurso no Fórum Econômico Mundial de Davos, Fukuda disse que não se pode perder tempo para combater a mudança climática, e que já há "meios de atuar sem ter de esperar um acordo pós-Kioto", em referência ao protocolo que expira em 2012.
O premiê japonês fez referência indireta a três países que não assinaram o Protocolo de Kioto, dizendo que, "se Estados Unidos, Índia e China alcançarem o nível de eficiência das fábricas japonesas, as reduções resultantes de emissões de CO2 chegariam a 1,3 bilhão de toneladas, o equivalente a todas as emissões anuais do Japão".
Fukuda disse que o Japão, que depende de outros países para obter seus recursos energéticos, pode "transferir tecnologia ambiental de alta qualidade a um grande número de países".
Acrescentou que, como presidente rotativo do Grupo dos Oito (G8, os sete países mais desenvolvidos e a Rússia), está "decidido a assumir a responsabilidade de trabalhar pelo estabelecimento de um marco com a participação dos maiores emissores, assim como para fixar um objetivo justo e eqüitativo de emissões".
Fukuda mencionou o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que adverte que, para evitar uma catástrofe natural, seria preciso reduzir pela metade as emissões dos gases do efeito estufa até 2050.
Ainda durante seu discurso, o primeiro-ministro japonês anunciou que o país estabelecerá um novo mecanismo financeiro, no valor de US$ 10 bilhões, para ajudar os países em desenvolvimento a reduzir suas emissões e a usar tecnologia eficiente neste sentido.
(EFE, 26/01/2008)