Estimativa baseada no Sistema DETER - Detecção do Desmatamento em Tempo Real, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), aponta que o desmatamento na Amazônia pode ter atingido 7.000 km2. A maior parte dos desmatamentos se concentra nos estados de Mato Grosso (53,7%), Pará (17,8%) e Rondônia (16%).
"Os novos desmatamentos detectados pelo DETER entre agosto e dezembro de 2007 somaram 3.326 km2. Nos anos recentes, a área mapeada pelo DETER representou entre 40% a 60% do que é registrado pelo PRODES, nosso sistema que faz o cálculo anual detalhado da área desmatada. Deste modo, o INPE considera que entre agosto e dezembro de 2007 o desmatamento é da ordem de 7 000 km2, com uma variação para mais ou para menos de 1.400 km2", explica Dalton de Morrison Valeriano, coordenador do Programa Amazônia do INPE, que opera os sistemas PRODES e DETER.
Este trabalho complementa o levantamento anual detalhado feito pelo sistema PRODES do INPE, que usa imagens de satélites com resolução espacial entre 20 a 30 m (satélites LANDSAT e CBERS). O levantamento do PRODES é feito em escala anual com área mínima de mapeamento de 6,25 hectares, para o período de agosto de um ano a julho do ano seguinte. O levantamento do PRODES para o período entre 01.08.2006 a 31.7.2007 foi concluído em novembro de 2007, e apontou um desmatamento de 11.224 km2, com uma margem de erro de 4%.
O DETER é um levantamento rápido feito mensalmente pelo INPE, com dados de resolução espacial de 250 m. Com este sistema, é possível detectar apenas os desmatamentos cuja área seja maior que 25 hectares. Devido à cobertura de nuvens nas imagens do período, nem todos os desmatamentos maiores que 25 hectares são identificados pelo DETER.
(Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais /
Amazonia.org, 24/01/2008)