São 11 obras do Programa em andamento em Santa Maria e mais sete grandes construções previstas
Onze obras e R$ 15 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) já foram investidos em Santa Maria. A cidade, que conquistou a liberação de 138,6 milhões do Programa do governo federal, tem o prazo de dois anos para estar com todas as obras em andamento, mas o ritmo anda acelerado. Desde que foi aprovada, em agosto de 2007, a liberação dos recursos a Prefeitura já abriu 13 licitações e assinou 11 ordens de serviço para início de obras.
Em cinco meses, cerca de 180 pessoas estão sendo beneficiadas diretamente, em nove vilas e bairros de Santa Maria. Segundo o coordenador das licitações do PAC, Altamir Campos, nenhuma obra foi finalizada ainda, mas todas as obras que já estão em andamento estão com os prazos em dia. “O número de obras não é importante, o que importa é a quilometragem de esgotos, de pavimentação, a quantidade de dinheiro que está sendo investido, quantas pessoas a obra vai beneficiar. Essas 11 obras em andamento atingem um montante de R$ 15 milhões, temos ainda R$ 122 milhões para realizar em obras”, explicou o coordenador. “Com este Programa vai haver uma mudança significativa na cidade, principalmente na questão de infra-estrutura”, avaliou Campos.
Na terça-feira, quando a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, apresentou o balanço do primeiro ano do PAC, ela destacou Santa Maria como exemplo entre as cidades que participam do Programa. Foi enfatizada a recuperação da Bacia do Rio Vacacaí-Mirim e do Arroio Cadena. Além dessas obras, estão previstas ainda construção e reforma de casas localizadas em áreas de risco, regularização fundiária de mais de nove mil famílias, construções de obras de lazer, loteamentos habitacionais, centros e hortas comunitárias, implantação de rede de esgoto, o que irá beneficiar mais de 30 bairros e vilas da cidade.
A implantação da rede de esgoto na Nova Santa Marta, área que irá receber R$ 42 milhões de recursos do PAC, está prevista para logo depois do dia 12 de fevereiro, quando será conhecida a empresa vencedora da licitação para executar a obra. Até lá as vilas Ecologia, Kennedy, Salgado Filho, Parque Pinheiro Machado, Lídia, Arco-Íris, Carolina, Oliveira e Km 2 já desfrutam o gostinho de ver o PAC se concretizar.
As obras em andamento
• Infa-estrutura do loteamento Cipriano Rocha – R$ 2,6 milhões
•Drenagem pluvial, pavimentação de ruas e asfaltamento da Rua Miguel Meirelles na Vila Lídia e Arco-Íris – R$ 1,2 milhão
• Asfaltamento da Rua Otávio Mangabeira na vila Kennedy – R$ 130 mil
• Pavimentação das ruas Antônio João, na Vila Oliveira – R$ 371,6 mil
• Pavimentação da rua Raimundo Correa, na Vila Carolina – 279,2 mil
• Canalização da sanga da Vila Ecologia – R$ 761,9 mil
• Drenagem da av. João Pessoa, no P. Pinheiro Machado – R$ 485, 7 mil
•Drenagem de ruas do bairro Salgado Filho e Kennedy – R$ 761,6 mil
•Macro drenagem e Pavimentação da Vila Oliveira – R$ 819,2 mil
•Drenagem e pavimentação de ruas no loteamento KM 2 – R$ 2,9 milhões
Nove casas precisam ser retiradas na Vila Ecologia
A Vila Ecologia foi a escolhida pela Prefeitura para abrir o canteiro de obras que o PAC transformou Santa Maria. A primeira obra do Programa na cidade iniciou no dia 17 de outubro do ano passado, com o início da canalização em concreto de 460 m de sanga que passa pela Vila Ecologia, na zona Oeste.
A obra, que veio para amenizar os alagamentos na região, tinha o prazo de 90 dias para ser entregue, mas nove casas, que ficam na beira da sanga, terão que ser retiradas para que a canalização continue a ser feita. Segundo o antropófago que trabalha na construção, Luiz Alberto Flores, a FZ Construções, que executa a obra irá pedir prorrogação do prazo. “Vai levar mais uns 30 dias ainda para finalizar, por causa da retirada das casas atrasou”, afirmou ele.
O presidente da Associação Comunitária da Vila Ecologia, Evaldino Gaier, disse que as máquinas param de trabalhar hoje, no local em que as casas estão impedindo o andamento da obra. O morador de uma das casas que estão na beira da sanga, Erasmo Martins da Silva, diz que não se incomoda de ter que deixar sua moradia, mas aguarda a solução que a Prefeitura irá encontrar para acolhê-los. “Eu estou esperando o prefeito vir aqui para decidir. Ele disse que nós teríamos casa garantida”, conta Silva.
E, segundo o secretário de Comunicação do Município, Tiago Machado, eles terão casa garantida mesmo. Machado disse que a Prefeitura estará lançando editais de licitação para construção das casas em áreas próximas a Vila Ecologia. Porém, como o processo é demorado e atrasaria a obra, o Município irá alugar casas para as famílias que moram em áreas de risco. “Quando as moradias ficarem prontas as famílias vão poder se mudar para casas novinhas em folha”, garantiu o secretário.
(Por Priscila Abrantes,
A Razão, 24/01/2008)