Biólogos sugerem que barco seja afundado, criando atrativo para mergulhadores na CapitalBiólogos do Ibama concluíram na noite de quarta-feira o laudo sobre impactos ambientais provocados pelo encalhe de um atuneiro na costa Leste de Florianópolis, no começo do mês. Eles autorizaram que o barco seja afundado.
No laudo de 11 páginas, os fiscais concluíram que a empresa dona do barco Alalunga VII deve tomar providências imediatas, entre elas a remoção de móveis e aparelhos eletrônicos que ainda estão dentro da embarcação e a limpeza completa do óleo e lubrificantes que permanecem nos equipamentos.
Eles também pedem que os porões onde estão quase cem toneladas de atum sejam inundadas para que o pescado entre em processo de putrefação. Assim, a carga poderá ser transferida em forma viscosa para outra embarcação e depois lançada em mar aberto.
Os fiscais sugerem ainda que o barco seja afundado, criando um atrativo turístico para mergulhadores. Uma das alternativas é remover o Alalunga VII da rocha por dois cabos de aço, presos em uma outra embarcação. Ao ser puxado, o barco se desprenderia da pedra e aos poucos afundaria. A embarcação deve ser afundada dentro de um mês.
A Capitania dos Portos também abriu um inquérito naval para apurar as causas do acidente, que deverá ser concluído em 90 dias. O inquérito também quer saber se o mestre do atuneiro encalhado tinha habilitação para conduzir este tipo de embarcação.
O barco, que tinha 300 toneladas e custou R$ 5 milhões, ficou parcialmente destruída depois de bater em uma rocha, próximo à Ilha do Xavier. A tripulação de 28 pessoas voltava de uma pescaria na costa do Rio Grande do Sul.
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Diário Catarinense, 24/01/2008)