Combustíveis e política externa brasileira foram alguns dos temas discutidos nesta quinta-feira (24/01) pelo presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, em café da manhã com acadêmicos do Brazil Institute do Woodrow Wilson International Center for Scholars. O encontro ocorreu em Washington, onde Chinaglia participa, até esta sexta-feira (25/01), de uma série de reuniões com políticos, empresários e representantes de outros setores da sociedade norte-americana, como sindicatos e institutos acadêmicos.
No café da manhã, o presidente respondeu a perguntas formuladas pelos acadêmicos. Sobre os campos de petróleo e gás recentemente descobertos na costa brasileira, Chinaglia relativizou o impacto da novidade no orçamento do País. "A economia brasileira é diversificada. Não vamos ficar dependendo do dinheiro do petróleo para investir em melhorias sociais", afirmou.
Chinaglia ressaltou a importância de o Brasil investir em uma fonte alternativa de energia, que pode contribuir, inclusive, para a preservação do clima no planeta. "Além de minimizar a dependência do petróleo, o etanol de cana-de-açucar reduz a emissão de gás carbônico, o que não acontece com o álcool produzido a partir do milho", disse o presidente, referindo-se ao programa norte-americano de produção de etanol.
Biodiesel
O biodiesel foi um dos principais assuntos discutidos na quarta-feira (23/01) por Chinaglia com o presidente da Subcomissão do Hemisfério Ocidental da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, deputado Eliot Engel, e com deputados da Comissão de Relações Exteriores do parlamento norte-americano. Os parlamentares destacaram o pioneirismo brasileiro na produção de álcool combustível, cuja tecnologia já é dominada pelo Brasil há mais de 30 anos.
Além de discutir um possível acordo de cooperação entre Brasil e Estados Unidos para produzir etanol, os parlamentares norte-americanos destacaram ainda a posição de liderança que o Brasil vem assumindo no Hemisfério Sul e a importância da atuação brasileira na Força de Paz da Nações Unidas no Haiti.
Reforma tributária
O presidente da Câmara também se reuniu na quarta-feira com representantes da Câmara de Comércio norte-americana. Os principais assuntos discutidos foram reforma tributária e a formulação de um acordo entre os dois países para evitar a bitributação. Além de empresários norte-americanos, participaram da reunião representantes de empresas brasileiras, como Embraer e Odebrecht.
(Agência Câmara, 24/01/2008)