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emissões de co2
2008-01-25
Diante de um inevitável imposto sobre as emissões de carbono, algumas das maiores corporações do mundo pedirão aos seus fornecedores que informem sobre suas emissões como parte de futuros esforços de redução. “Os investidores exigem que as companhias saibam quais são suas emissões de carbono e os consumidores querem que as empresas sejam verdes”, disse Paul Dickinson, presidente do Projeto de Revelação de Carbono (CDP), uma organização independente sem fins lucrativos na Grã-Bretanha que está coordenando o esforço. “Avizinha-se um preço global para o carbono, e estamos ajudando as empresas a se prepararem para operar em um mundo limitado pelo carbono”, disse Dickinson à IPS.

As emissões geradas pela queima de combustíveis fósseis como carvão, gás e petróleo estão causando a mudança climática, que provoca danos e perdas de milhares de milhões de dólares devido a tempestades mais intensas, temperaturas mais elevadas e mais inundações, entre outros fatores. Muitos economistas e especialistas em política reconhecem que, a menos que quem gera emissões de carbono seja obrigado a pagar um alto preço por elas, a maioria não mudará seu modo de operar.

Em seu novo livro, “Plano B 3.0: Mobilising to Save Civilisation”
(Plano B 3.0: Mobilizando-se para salvar a civilização), Lester Brown, presidente do Instituto para as Políticas da Terra, com sede em Washington, recomendou um aumento dos impostos sobre carbono de US$ 20 por tonelada ao ano entre 2008 e 2020, estabilizando-se em US$ 240 por tonelada. Esse imposto seria compensado em cada fase com uma redução no imposto de renda para desestimular o uso de combustíveis fósseis e estimular os investimentos em fontes renováveis de energia.

Porém, poucas firmas sabem quais são suas emissões de carbono, porque não há nenhuma razão que as obrigue a medi-las, disse Dickinson. “Estamos tentando mudar isso porque se as empresas não medirem suas emissões não poderão manejá-las”, acrescentou. Cada uma das 11corporações que participam da Colaboração da Liderança da Cadeia de Fornecimento (SCLC) pedirá a até 50 fornecedores que preencham uma ficha de informação padronizada que seja aprovada no primeiro trimestre deste ano.

O objetivo do Projeto de Revelação de Carbono é ampliar a SCLC e terminar envolvendo dezenas de milhares de companhias da cadeia de fornecimento, bem como ajudar as grandes empresas e os fornecedores a desenvolverem estratégias para reduzir suas emissões de carbono. O Projeto de Revelação de Carbono está criando um enfoque único e padronizado para proporcionar um intercâmbio-chave de informação climática através de suas cadeias de fornecimento. “Esta é a fase um de um esforço maior que se concretizará em seguida para medir as emissões de todos os fornecedores”, disse Dickinson.

Os participantes deste primeiro projeto-piloto incluem Dell, Hewlett Packard, L’Oreal, PepsiCo, Cadbury Schweppes, Nestlé, Procter & Gamble, Tesco, Imperial Tobacco e Unilever. “Nossa associação com o Projeto de Revelação de Carbono na SCLC nos dará uma oportunidade tremenda de ajudar a reduzir não apenas nossas próprias emissões de carbono, mas, em última instância, as de nossa cadeia d fornecimento”, disse em uma declaração escrita Tod Arbogast, diretor de empresas sustentáveis na Dell.

Os resultados do projeto-piloto refinarão o processo e possibilitarão que grandes empresas trabalhem para manejar suas emissões totais de carbono, já que o primeiro passo para reduzir as emissões totais é medir seu tamanho. Depois, tanto as grandes companhias quanto seus fornecedores podem trabalhar juntos para desenvolver essas estratégias para reduzir suas emissões. “Muitos dos participantes se dão conta de que reduzir as emissões sendo mais eficientes do ponto de vista energético reduz os custos da energia”, ressaltou Dickinson.

Os investidores institucionais estão entre os que apóiam o Projeto Revelação de Carbono porque sabem que a mudança climática está modificando a maneira como operam as empresas. Embora muitas companhias européias vejam isto, menos da metade das maiores dos Estados Unidos levam muito a sério a mudança climática, segundo um estudo feito há um ano por Ceres e Calvert Group. E a maioria dos bancos do Mundo não conseguiram fazer com que suas mentes coletivas se adaptassem à nova realidade do século XXI e continuaram investindo em centrais alimentadas por carvão, ou o desenvolvimento de areias com alcatrão canadenses, duas importantes fontes de gases causadores do efeito estufa.

“Cada vez mais bancos se dão conta de que a mudança climática é um assunto de grandes empresas, mas suas respostas até agora são a ponta do iceberg do que se precisa para enfrentar este colossal desafio global”, disse Mindy Luybber, a presidente da Ceres, que este mês divulgou um novo informe sobe o setor bancário. O informe intitulado “Governabilidade corporativa e mudança climática: O setor bancário”, o informe, que estudou os casos de 40 bancos e empresas de serviços financeiros do mundo, revelou que cerca da metade ofereciam fundos específicos para clima e produtos similares.

A chave para fazer os bancos deixarem de investir em combustíveis fósseis e projetos que geram grandes emissões de carbono é por um preço a essas emissões, enfatizou Lubber. “Se o carbono não tem um preço, é o sinal equivocado. E os bancos e os fundos de pensão necessitam de sinais adequados do mercado”, acrescentou.

(Por Stephen Leahy, IPS, Envolverde/ABC Politiko, 24/01/2008)






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