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crueldade com animais
2008-01-24

Luciano Frozza construiu canis para abrigar os cães abandonados ou vítimas de maus tratos

A falta de um canil municipal em Venâncio Aires está sendo amenizada. Ao menos pelo prazo de três meses. Este é o tempo do contrato firmado entre a Prefeitura e o veterinário Luciano Frozza. Neste período, ele receberá e até recolherá cães de rua que tenham sido abandonados ou sofrido maus-tratos, tratará os animais e os encaminhará à adoção. O veterinário é claro em dizer que o projeto desenvolvido por ele não solucionará os problemas de cães de ruas, mas os amenizará.

Não é de agora que Frozza cuida de animais de rua. Mesmo antes de firmar o contrato, o veterinário tratava de animais abandonados e era comum chegar em sua clínica e encontrar cães dentro do pátio. Por sua conta, cuidava e dava hospedagem, à espera de alguém que se interessasse a levá-los embora. "Como tenho uma clínica particular, construi canis separados para abrigar estes animais, que recebem o tratamento necessário, como anti-pulgas e vacinas, entre outros", observa o veterinário.

No entanto, esta prestação de serviço sempre foi feita de forma gratuita. No ano passado, Frozza apresentou o projeto ao então secretário de Saúde, Milton Deves, e agora, na gestão de Isaura Landim, ele se transformou em contrato administrativo. A Prefeitura repassará R$ 2,5 mil mensais ao veterinário para o tratamento de dez animais no período. Mas esse número, garante Frozza, pode ser ultrapassado, visto que apenas está dando continuidade a um trabalho que faz há anos, mas que agora tem uma compensação financeira.

Projeto
Pelo projeto, o veterinário recolherá, de forma aleatória, através de denúncias, ou receberá cães recolhidos pela Vigilância Sanitária, dará o tratamento necessário e os encaminhará à adoção. "Os animais chegam à clínica, recebem uma etiqueta de identificação, são tratados com anti-pulga e anti-parasitário. Se tiverem alguma patologia, são avaliados e tratados. Só em casos graves, de demorada recuperação e com riscos, é que será aplicada a eutanásia", explica Frozza. Ele ressalta que problemas de pele e fraturas pequenas são tratados normalmente.

Cumprida esta etapa, os machos são castrados e as fêmeas têm retirados útero e ovário. Os animais têm a orelha direita tatuada e então estão prontos para serem adotados. Os interessados não têm custo, mas assinam um termo de responsabilidade, em quatro vias. Uma fica na clínica, outra com o adotante, outra com a Vigilância Sanitária e uma quarta via com a auditoria do município. "Se um destes cães que possuir a orelha tatuada for encontrado na rua, o adotante será responsabilizado criminalmente", avisa o veterinário. Se os cães forem menores de seis meses, recebem a identificação e seus novos donos se responsabilizam em trazê-los para castrar em data a ser agendada.

Todos os animais doados recebem acompanhamento. Ao completar o primeiro mês de adoção, o veterinário vai ao encontro do animal conferir sua situação. Um dos itens do termo de responsabilidade é que o adotante só poderá transferir a posse do animal com o conhecimento do doador.

O projeto do veterinário é piloto e foi firmado dia 14 de dezembro. Num primeiro momento, até pode parecer um valor elevado o custo de R$ 250 por animal. No entanto, o valor cobrado para o castramento de um cão na clínica do veterinário, por exemplo, pode chegar a R$ 500. "Isso sem contar os outros serviços, a hospedagem, a alimentação, etc", observa Frozza, que é proprietário da Clínica Veterinária Quatro Patas.

Ele também faz referência ao fato de ser crime o abandono e maus-tratos a animais. A Lei 9506/98 diz o seguinte: "Abandonar ou maltratar animais é crime, com pena que varia de três meses a um ano de detenção e multa". As pessoas, comenta Frozza, precisam estar conscientes das suas responsabilidades, pois o projeto é dirigido a cães abandonados, vítimas de maus-tratos e que estão perambulando pelas ruas.

Sobre a falta de um canil municipal, Frozza lamenta que ele ainda não exista em Venâncio Aires. Por outro lado, ressalta que o entrave está na sua manutenção e não na simples construção de um prédio.

(Por Alvaro Pegoraro, Folha do Mate, 24/10/2008)


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