A situação dos municípios no Vale do Juruá tende a melhorar com relação à enchente dos rios da região. As informações são de que em Marechal Thaumaturgo o rio Juruá já vazou bastante, todavia está longe das famílias desabrigadas voltarem ao normal. Elas agora recebem os cuidados necessários da prefeitura do município e do governo do estado, principalmente na questão de saúde pública.
A preocupação agora é com as doenças comuns que geralmente surgem em função da sujeira deixada pelas águas. Entre as doenças mais comuns após as enchentes se destacam as diarréias, febre tifóide, leptospirose, dengue e malária.
Em Porto Walter, o nível das águas também baixa mais lentamente, as pessoas continuam em abrigos públicos recebendo todo o cuidado da prefeitura e do governo do estado. Além de acompanhamento médico as vítimas recebem alimentos.
Nos municípios de Rodrigues Alves e Cruzeiro do Sul, o rio Juruá continua enchendo e na última medição realizada pelo Corpo de Bombeiros, ontem à tarde, o nível das águas estava 71 centímetros acima de sua cota máxima de alerta, que é de 13 metros.
Em Cruzeiro do Sul são muitas as famílias desabrigadas e que tiveram que deixar suas casas e foram retiradas e levadas pelo Corpo de Bombeiros e pela Defesa Civil do município. As pessoas estão abrigadas no ginásio Alailton Negreiros e no Centro Cultural Cordélia Lima, onde recebem assistência e apoio.
Nesses dois locais, de acordo com a Defesa Civil, existem 59 famílias que estão abrigadas, porém esse número é bem maior, já que muitas estão abrigadas em residências de familiares e de amigos.
Todavia, por orientação da própria Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros essas famílias, que têm parentes e amigos e que têm casas em lugar seguro, estão sendo deslocadas para aquele local. Elas também estão sendo assistidas pelo governo do estado.
Também em Cruzeiro do Sul o cuidado é, evidentemente, com o pós-alagação.Todos os cuidados estão sendo tomados pelas secretarias municipal e estadual de Saúde para orientações permanentes às pessoas que foram desabrigadas, no sentido de terem cuidado especial, no pós-enchente.
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A Tribuna, 22/01/2008)