Porto Alegre - Para reforçar ações de prevenção à febre amarela, o secretário estadual da Saúde, Osmar Terra, se reuniu com representantes de setores de turismo e transporte de passageiros. O encontro foi realizado na tarde de ontem, no auditório do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, em Porto Alegre. Na semana passada, o encontro abordou a dengue, quando o secretário alertou para o risco de epidemia. Desta vez, apesar de apelar aos agentes de viagens, representantes de transportadoras, profissionais que trabalham no aeroporto e rodoviárias para que esclareçam os passageiros sobre a febre amarela, o secretário fez questão de tranqüilizar a população. “É preciso deixar claro que quem for viajar para áreas de risco, especialmente no Noroeste do Estado e em Goiás, deve se vacinar dez dias antes da viagem, e quem não for para áreas de risco não há necessidade de tomar a vacina”, disse.
Conforme o secretário, é preciso realizar um trabalho em conjunto com toda a sociedade para conscientizar a população sobre a forma de contágio, áreas de risco e prevenção. “Precisamos proteger quem realmente precisa, àqueles que vão viajar para áreas de risco e também alertá-los que uma dose da vacina é suficiente e tem validade por dez anos. Não há necessidade de se vacinar mais de uma vez. Isso pode causar danos à saúde e fazer com que quem realmente precise fique sem a vacina”, disse.
Osmar Terra lembrou que, desde a década de 1940, não há casos de febre amarela contraída em áreas urbanas, apenas em mata. “Só terão risco de contrair a doença aquelas pessoas que forem a locais de mata, com focos do mosquito e que não estiverem vacinadas”, explicou.
Alerta
O secretário alertou as pessoas que forem viajar no carnaval a locais de risco para que se vacinem imediatamente. Apesar de cidades dos Vales do Sinos, Caí e Paranhana não terem doses de vacina disponíveis para imunizações, Osmar Terra garantiu que o Estado está abastecido. “Nas últimas três semanas, 120 mil vacinas estiveram à disposição da população”, afirmou. Conforme ele, a cada semana o Estado recebe 70 mil doses da vacina. “Mas não há razões para criar pânico. Estamos muito longe de uma epidemia”, destacou.
(Por Jennifer Morsch, Jornal NH, 23/01/2008)