A Comissão Européia (CE) vai revelar hoje (23/01) suas ambiciosas e polêmicas propostas sobre energia e mudança climática para os próximos anos, e informará os esforços que cada Estado-membro deverá enfrentar na redução de emissões e no uso de fontes renováveis. O Executivo comunitário vai divulgar os detalhes de um de seus planos mais controvertidos, com o qual pretende colocar em prática os compromissos em matéria meio ambiental que os países europeus aprovaram em março do ano passado.
Na ocasião, os chefes de Estado e de Governo acordaram, com vistas a 2020, reduzir em 20% as emissões de dióxido de carbono (CO2) em relação a 1990. Além disso, 20% da energia consumida na União Européia (UE) terão de ser procedentes de fontes renováveis e 10% dos carburantes têm de ser biocombustíveis.
Para que os 27 membros do bloco possam cumprir esses objetivos, Bruxelas criou um vasto plano que terá um custo de cerca de 0,6% do PIB comunitário, segundo um estudo da CE. O Executivo comunitário advertiu, no entanto, que o custo de "não fazer nada" poderia ser até 20 vezes maior.
Nas últimas semanas, a CE recebeu fortes pressões de Governos e indústrias, que alertaram que esses planos podem pôr em risco a economia dos Estados-membros, mas o presidente da Comissão, José Manuel Durão Barroso, insistiu na necessidade de não desvirtuar as propostas. O próprio Barroso vai anunciar as iniciativas durante uma sessão extraordinária realizada hoje pelo Parlamento Europeu.
(Efe, 23/01/2008)