A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou nesta terça-feira (22/01) que não há a “menor possibilidade” de o Brasil passar por um novo racionamento de energia.
Segundo a ministra, a situação atual é “muito diferente” do quadro de 2001, quando o país enfrentou um "apagão" elétrico. As declarações foram feitas em entrevista coletiva após o balanço de um ano do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no Palácio do Planalto.
De acordo com ela, em 2001, apenas 11,8% da matriz energética brasileira era térmica e hoje esse percentual chega a 20%, o que diminui os riscos de desabastecimento em períodos de queda nos níveis dos reservatórios de hidrelétricas.
Dilma Rousseff também afirmou que a prioridade no uso do gás natural são as usinas térmicas e não o abastecimento de veículos, por exemplo. “Hoje as fontes térmicas fazem parte estruturante da matriz energética. Não é apenas conjuntural”, ressaltou. Ela destacou que as termelétricas foram a solução encontrada para substituir usinas hidrelétricas com grandes reservatórios, por questões ambientais.
A ministra classificou de “uso menos nobre” a utilização de gás natural em carros particulares. “Fazer a conversão agora é uma temeridade. Existem duas alternativas, o álcool e a gasolina”, acrescentou.
Segundo Dilma, o uso do gás como combustível alternativo seria indicado especialmente para o transporte urbano de massa. “Quando falamos em eficiência energética, temos que olhar o uso eficiente de um determinado combustível”, salientou a ministra.
(Por Luana Lourenço, Agência Brasil, 22/01/2008)