Em discurso durante cerimônia na qual recebeu de Nelson Hubner o cargo de ministro de Minas e Energia, Edison Lobão elogiou a diversidade de fontes energéticas existentes no Brasil, que dispõe de 100 mil megawatts de capacidade instalada.
“Há um potencial ainda inexplorado, estimado em o dobro da capacidade em uso, a depender das condições socioambientais sobre futuros empreendimentos.”
Durante pronunciamento, o ministro não usou uma vez sequer as expressões “racionamento”, “economia de energia” ou “risco de apagão”.
Lobão ressaltou que 76% da energia consumida no Brasil é gerada de fontes hidrelétricas, definidas como a “forma mais barata e menos poluente de se produzir energia”.
Destacou também o trabalho desenvolvido pela Petrobras para fornecer o gás natural necessário ao funcionamento das usinas térmicas, que foram acionadas em dezembro do ano passado para compensar os efeitos da falta de chuvas.
O ministro pregou a busca de novas alternativas de suprimento. “É importante trazer o gás das bacias de Santos, do Espírito Santo e de Campos, bem como o GNL [gás natural liquefeito], além de assegurar o fornecimento do gás boliviano.”
Lobão prometeu se empenhar para expandir o parque de geração nuclear, que hoje corresponde a apenas 2% da capacidade instalada de energia no Brasil.
“O mundo inteiro trabalha com usinas nucleares”, justificou o ministro, ao citar a meta de atingir a capacidade de geração nuclear de 8 mil megawatts em “alguns anos”.
Entre os aspectos positivos do setor energético brasileiro, Lobão citou a auto-suficiência em petróleo e o crescimento da produção de etanol e biodiesel.
(Por Marco Antônio Soalheiro, Agência Brasil, 21/01/2008)