Após dois dias de treinamento (quinta e sexta-feira), 100 soldados do Exército brasileiro começam a atuar em conjunto com agentes da Vigilância à Saúde no combate ao mosquito transmissor da febre amarela, no Distrito Federal. As primeiras residências a serem visitadas serão no Plano Piloto, Estrutural, São Sebastião, Samambaia, Varjão, Lago Sul, Núcleo Bandeirante, Sobradinho, Brazlândia, Paranoá e Ceilândia.
Segundo a Secretaria de Saúde do DF, as equipes serão formadas por cinco agentes e 25 soldados que irão trabalhar em ações preventivas e na erradicação do mosquito Aedes aegypti. Apesar do Ministério da Saúde ter confirmado doze casos de febre amarela em todo o país, sendo oito mortes e quatro sobreviventes à doença, a Secretaria afirma se tratar de uma operação rotineira. “Essa ação faz parte da rotina das campanhas de prevenção o ano todo, sendo intensificada nesta época de chuvas. Sempre que se intensifica uma ação pedimos ajuda às Forças Armadas”, defende o subsecretário de Vigilância à Saúde, Joaquim Barros Neto.
Por dois dias, os militares tiveram aulas teóricas sobre a história da dengue e da febre amarela no Brasil, operações de combate, educação em saúde, aplicação de larbicida ultra baixo volume (UBV) pesado e UBV leve. Nas aulas práticas, os soldados aprenderam técnicas de visita domiciliar, de tratamento focal e preenchimento de formulários.
Superdosagem
Até o momento, a Secretaria de Vigilância em Saúde do governo federal confirmou 31 casos de superdosagem de vacina contra a febre amarela. Todos os casos relatam situações de pessoas que tomaram mais de uma dose da vacina, em um curto especo de tempo. Três dos casos foram registrados no Distrito Federal.
O caso mais recente é de uma mulher de 36 anos que está internada no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN). De acordo com boletim médico divulgado no início da tarde deste domingo, o quadro clínico da mulher ainda é grave. A moradora do Riacho Fundo II continua em coma, sem uso de sedativo, e respirando com a ajuda de aparelhos. Apesar do diagnóstico, o secretário de Saúde do Distrito Federal, José Geraldo Maciel, afirmou neste sábado que a paciente não foi revacinada.“Infelizmente, algumas pessoas têm reação, é inevitável”, lamenta Maciel.
Há 13 dias, um jovem de 24 anos foi internado no Hospital Regional de Taguatinga (HRT) com reação leve à vacina contra a febre amarela. Ele apresentou coceiras generalizadas depois de receber duas doses da vacina em um curto espaço de tempo. Segundo informou o subsecretário de Vigilância à Saúde, o rapaz passa bem. O terceiro caso é de uma jovem que tomou três doses em dois dias e teve hepatite. Ela teve alta e também passa bem.
(Cecília de Castro, Correio Braziliense, 20/01/2008)