País firmou acordo com outras agências espaciais do mundo para ceder seus dados.
Órgão da ONU ficará responsável por reunir informações e acompanhar o problema.
As agências espaciais dos Estados Unidos, do Brasil e de outros países aceitaram ceder sua nova geração de satélites para ajudar no monitoramento da mudança climática, segundo nota divulgada na noite de quinta-feira (17) pela Organização Meteorológica Mundial (OMM, um órgão da ONU). A decisão foi tomada por autoridades de primeiro escalão das agências espaciais, durante conferência organizada nesta semana pela OMM em Nova Orleans, nos Estados Unidos.
"Os esforços de alta tecnologia para melhor entender o aquecimento global foram fortalecidos depois que as agências espaciais e meteorológicas do mundo deram seu apoio a uma estratégia da OMM para o uso reforçado de satélites para monitorar a mudança climática e o clima", diz a nota.
O objetivo é que satélites lançados nos próximos 20 anos registrem constantemente parâmetros como nível dos mares e concentração de gases do efeito estufa na atmosfera. Dirigentes da Nasa, da Agência Espacial Européia e das agências espaciais do Brasil, Japão, China e Índia participaram do evento de dois dias em Nova Orleans. "Todas as agências que participaram deram apoio (à nova estratégia)", disse Paul Garwood, porta-voz da OMM.
Jerome Lafeuille, diretor da divisão de observações espaciais da OMM, afirmou que o monitoramento da mudança climática exige medições prolongadas e contínuas, e que os satélites são essenciais para isso por revelarem mudanças no quadro global dos oceanos e da atmosfera. Pelo menos 16 satélites geoestacionários (que estão sempre em cima do mesmo ponto da Terra) e de baixa órbita atualmente fornecem dados operacionais sobre o clima do planeta, como parte do sistema global de observações da OMM.
(G1, 19/01/2008)