Ambientalistas das cidades argentinas de Gualeguaychú, Colón e Concordia programam fechamento de estradas e outras ações para protestar contra a presença da fábrica de celulose finlandesa Botnia às margens do rio Uruguai, na cidade uruguaia de Fray Bentos. O objetivo é bloquear todas as três passagens terrestres entre os dois países.
Os vizinhos da cidade de Colón planejam iniciarno sábado (19/01) uma interrupção de 24 horas na fronteira. A assembléia ambientalista de Concordia tentará cortar a estrada 015, embora o Exército tenha ordem de impedi-los. Foi o que informou Liliana Silva, integrante da assembléia de Concordia.
Uma vez na estrada, vão distribuir panfletos com os dizeres "Pela vida e dignidade, contra o saque e a contaminação", em protesto contra Botnia, e advertindo sobre os "prejuízos" que trará sua atividade industrial para a "saúde" e a "relação bilateral".
Liliana Silva disse que a preocupação não deve ser com as barreiras, mas com os "projetos das papeleiras estrangeiras de instalar suas plantas sobre o lado uruguaio do rio Uruguai", que, segundo ela, já são "pelo menos sete".
Enquanto isso, e com a solidariedade das assembléias de Colón e Concordia, os assembleístas de Gualeguaychú continuam com sua luta contra a presença de Botnia, mantendo a barreira da estrada 136, que já dura 14 meses. Para 26 de janeiro, Dia Mundial Contra a Globalização, a assembléia cidadã de Gualeguaychú planeja realizar uma manifestação com tochas (antorchazo, em espanhol) na ponte internacional General San Martín, segundo adiantou à agência Telam o assembleísta José Pouler.
No mesmo dia, de forma simultânea, assembléias de Colonia, Colonia Agraciada, Mercedes, Tacuarembó e Montevideo realizarão ações similares com a mesmo objetivo, contra a globalização e as papeleiras, disse ele.