Os funcionários da empresa Furnas Centrais Elétricas vão realizar uma assembléia na tarde desta segunda-feira (21/01) para decidir se vão manter ou não o calendário de greve. Caso optem pela greve, os trabalhadores farão sua segunda paralisação nos próximos dias 22 e 23 (terça e quarta-feira).
A primeira paralisação ocorreu no dia 15 de janeiro e durou 24 horas. A greve é uma resposta dos funcionários à decisão judicial emitida pelo Ministério Público do Trabalho, que determinou a demissão em massa de mais de 4 mil contratados em até 30 dias. Segundo o Ministério Público, a contração de funcionários não-concursados é uma prática ilegal em empresas públicas.
De acordo com o diretor da Associação dos Empregados de Furnas, Antônio Magalhães, caso a greve seja confirmada, será mantido um rodízio de funcionários durante o período de paralisação para evitar que o fornecimento de energia seja prejudicado. Ele afirma que a continuidade da greve depende das negociações com a empresa.
“Nós garantimos à direção de Furnas que não pretendemos, no momento, prejudicar os serviços essenciais e a segurança da empresa”, diz Antônio.
Na última sexta-feira (18/01), a empresa Furnas Centrais Elétricas reafirmou que a paralisação, se ocorrer, não vai afetar o fornecimento de energia elétrica em suas áreas de atuação no Brasil, pois um efetivo suficiente de funcionários continuará trabalhando em suas usinas, subestações e linhas de transmissão.
A empresa não quis comentar as acusações de que teria contratado funcionários por meios inconstitucionais, mas disse que vai respeitar qualquer medida proferida pela Justiça.
(Por Raphael Ferreira, Agência Brasil, 20/01/2008)