Os prejuízos do Irã pela poluição atmosférica chegariam a US$ 16 bilhões em 2016, advertiu ontem (20/01) o assessor do Departamento de Meio ambiente para Assuntos Humanitários, Hassan Asilian. Ele calcula as perdas em US$ 8 bilhões em 2006 e considerou imprescindível que os iranianos comecem a reduzir o uso dos derivados do petróleo em sua vida cotidiana para conter a poluição, segundo a imprensa local.
Asilian indicou que os iranianos dependem em mais de 98% de produtos derivados do petróleo, cujo consumo é considerado a principal causa da poluição atmosférica no país, principalmente em Teerã, uma das metrópoles mais poluídas do mundo.
Ele pediu ainda que os fabricantes de automóveis iranianos ajam para elevar o nível dos requisitos de segurança e a proteção do meio ambiente, destacando que "cumprir os padrões europeus reduziria em 30% o consumo de combustível e diminuiria consideravelmente a poluição".
O Governo iraniano anunciou em 2000 a implementação de um plano de dez anos para combater o problema na capital, embora vários especialistas nacionais reconheçam que serão necessários, pelo menos, entre 15 e 20 anos para obter resultados.
A poluição atmosférica é especialmente perigosa em Teerã, onde, segundo as autoridades médicas, as doenças respiratórias causam a morte de 4.500 pessoas ao ano. A contaminação do meio ambiente na capital, fechada entre duas cadeias montanhosas, é causada principalmente pelos automóveis, em sua grande maioria antiquada e que não utilizam combustível sem chumbo.
(Yahoo!, Ambiente Brasil, 21/01/2008)