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agricultura intensiva soja
2008-01-21

Tipo de trabalho: Dissertação de Mestrado
Instituição: Programa de Pós-graduação em Ciência Ambiental da Universidade de São Paulo (Procam/USP)

Ano: 2007

Autora: Clarissa de Araújo Barreto 
Contato: cissabarreto@gmail.com
Resumo:

A agricultura foi responsável por transformar os modos de vida há milhares de anos atrás. Mais recentemente, a transformação desencadeada pela agricultura ocorreu através da modernização de seus processos produtivos. Em território brasileiro, a modernização agrícola possibilitou amplamente o cultivo de soja. A alta demanda e os bons preços no mercado internacional incitaram a promoção de políticas de incentivo ao cultivo de soja, principalmente no bioma Cerrado. Ademais os benefícios econômicos, a sojicultura realizada nos moldes da modernização agrícola brasileira, com grandes aportes mecânicos e químicos, e manutenção da estrutura fundiária causa impactos ambientais e sociais. Desmatamento, poluição de cursos d’água, erosão, compactação de solos, intoxicação e concentração de terra são alguns desses problemas. No presente trabalho, procurou-se traçar o perfil e verificar as percepções e práticas de um grupo de produtores de soja, isto é, sojicultores, atores sociais envolvidos com o cultivo de soja, em torno de sua atividade produtiva e do meio ambiente. A pesquisa se realizou no município maior produtor de soja de Goiás, Rio Verde, cuja vegetação nativa é típica de Cerrado. Também se procurou verificar a existência e a situação dos problemas ambientais mais percebidos pelo grupo de sojicultores em Rio Verde. Para alcançar tais objetivos, aplicou-se questionário a um grupo de 50 sojicultores em 3 grandes lojas revendedoras de produtos agropecuários de Rio Verde. Posteriormente, os dados foram processados pelo programa computacional EPI INFO e analisados. De forma geral, os questionários revelaram que o grupo pesquisado cultivava soja nos padrões verificados no Cerrado, isto é, em grandes propriedades e intensivo em mecanização e agrotóxicos. Em relação às percepções e às práticas, constatou-se que de uma forma geral, a percepção ambiental dos sojicultores entrevistados não necessariamente influenciava na adoção de práticas agrícolas sustentáveis. A adoção do plantio direto, que apregoa a mitigação de impactos da agricultura no ambiente, é sinal de uma agricultura mais sustentável, apesar da exigência de maiores quantidades de herbicidas. Desmatamento, poluição das águas, erosão e intoxicação foram os problemas ambientais mais percebidos pelos entrevistados. A verificação da existência e situação desses problemas ocorreu através de mapas de uso do solo de Rio Verde dos anos 1975, 1989 e 2005, dos autos de infração emitidos por órgãos de fiscalização ambiental, dos resultados das análises de resíduos de agrotóxicos na água destinada ao abastecimento público do município e dos casos de intoxicação por agrotóxico de uso agrícola no município. Por falta de dados não foi possível conferir a presença de erosão. A presença e gravidade do desmatamento, que ocorreu entre 1975 e 2005, puderam ser detectadas pelos dados analisados. Já os dados sobre intoxicação, por possivelmente estarem subnotificados, revelaram um problema de saúde pública. Concluiu-se a necessidade de ações pelo poder público para que haja uma verdadeira fiscalização ambiental em Rio Verde, a tomada de medidas que melhorem a notificação de casos de intoxicação, e a promoção de incentivos àqueles agricultores que respeitam as leis ambientais. Também se faz necessário o desenvolvimento de técnicas agrícolas mais sustentáveis dos pontos de vista econômico, produtivo, social e ambiental. 


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