O governo está elaborando um novo conjunto de medidas para reduzir o consumo de eletricidade no país. Entre as ações está um decreto preparado pelo governo, por intermédio do Inmetro, que estabelecerá parâmetros de economia de energia para novos prédios comerciais e públicos. Em discussão com o setor privado há cerca de quatro anos, a regulamentação ficará pronta ainda este ano e estabelecerá quais equipamentos e padrões arquitetônicos deverão ser utilizados pelas construtoras em novas edificações. O objetivo é que, integralmente implantado o plano (de médio prazo), deixe de ser consumida no país eletricidade suficiente para atender, por ano, 400 mil casas.
A iniciativa é parte dos esforços que terão de ser empreendidos pela sociedade para atender às exigências de conservação de energia estabelecidas pelo governo. Pouquíssimos brasileiros sabem, mas, em 2008, começa a valer a determinação do planejamento energético nacional de economizar, até 2030, o equivalente à geração de duas hidrelétricas de Itaipu ou ao consumo da Região Sul.
Outras medidas estão em curso. O Ministério do Planejamento está elaborando um decreto presidencial que instituirá a obrigatoriedade de a União comprar apenas os equipamentos que mais poupam eletricidade. Já o Ministério de Minas e Energia e o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) começaram a trabalhar em um novo plano de eficiência energética, com ênfase na expansão do uso da energia solar.
Entre as ações, incentivo a uso de energia solar
A energia solar também será uma das armas utilizadas pelo governo na briga para poupar eletricidade. Na terça-feira, Caixa Econômica Federal (CEF), Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), fabricantes e Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) fazem a primeira de uma série de reuniões para traçar ações de incentivo ao uso da luz natural como insumo de eletrodomésticos e máquinas industriais. Subsídios para a instalação de equipamentos e ampliação de linhas de financiamento serão estudados
(Por Mônica Tavares e Henrique Gomes Batista, O Globo, 19/01/2008)