A região do Entorno do Distrito Federal (DF) está sem estoques da vacina contra febre amarela. A afirmação foi dada na manhã de hoje pelas regionais de saúde que atendem os Entornos Norte e Sul.
Com um atendimento que pode ultrapassar mil aplicações em alguns postos, as doses que chegam às cidades não dão conta da demanda, segundo disseram à Rádio Nacional o gerente da Regional de Saúde do Entorno Sul, Felipe Alves Cesário, e a gerente no Entorno Norte, Ana Cristina Americano do Brasil.
No Entorno Norte, mais de 208 mil pessoas foram vacinadas desde que a campanha se intensificou e as 25 mil doses que chegam diariamente são imediatamente distribuídas para 17 municípios atendidos pela regional de saúde, segundo a gerência da região.
Já no Entorno Sul, região onde foram confirmadas duas infecções pela doença, 213 mil dos mais de 750 mil habitantes já foram imunizados. Ainda assim, as 40 mil doses que chegam de Goiânia todos os dias são imediatamente distribuídas para os postos de saúde e aplicadas na população, informou a gerência.
O operador de sistemas Fabrício Dantas, morador de Valparaíso, diz que muitos desistiram de se vacinar. “Muita gente que estava na fila desistiu. Eles olhavam o quanto teriam que esperar e iam embora. Quando eu já esperava há mais ou menos uma hora, parece que faltou alguma coisa. Mas uns 20 minutos depois eles retomaram e a fila voltou a andar”, contou.
De acordo com o gerente da Regional de Saúde do Entorno Sul, Felipe Alves Cesário, a falta de estoques ocorre porque muita gente que não precisava se vacinar agora está procurando os postos de saúde.
“Está havendo muita revacinação. Temos registro de casos em que a pessoa tem registrado no Cartão de Vacina que se imunizou há sete anos. Quando é informada de que não precisa revacinar, a pessoa simplesmente rasga o cartão e avisa que vai procurar outro posto de saúde”, relatou.
Segundo o Ministério da Saúde, Goiás receberá ainda hoje mais 200 mil doses da vacina contra a febre amarela. Dessas, 50 mil devem ser distribuídas para o Entorno, segundo a Secretaria de Saúde do estado.
(Por Flávio Gusmão, Agência Brasil, 17/01/2008)