O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, reafirmou nesta quinta-feira (17/01) que a incidência de febre amarela está mais forte que em anos anteriores, mas descartou qualquer possibilidade de surto ou epidemia.
Após audiência com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, Temporão disse que "o problema está sob controle". “Infelizmente, pessoas têm morrido por causa da doença, mas todas elas não se vacinaram contra a febre amarela e visitaram áreas de risco”, explicou.
O ministro da Saúde salientou que o ministério e as Secretarias de Saúde dos estados e municípios têm adotado todos os procedimentos normais, com campanhas de alerta para a vacinação de quem vai se dirigir a áreas silvestres com pelo menos dez dias de antecedência. Segundo Temporão, desde 2003, todas as crianças que nascem na área rural estão sendo vacinadas contra a doença.
Temporão disse ainda que, por causa dessas precauções, o trabalho do Ministério da Saúde recebeu aval de diferentes instituições do país, como a Universidade de São Paulo e a Fundação Oswaldo Cruz, após reunião com especialistas na semana passada.
Para o ministro, ainda é possível que aconteçam mais mortes por febre amarela. Ele, no entanto, lembrou que todos os casos são de origem silvestre e garantiu que não existe risco de contrair a doença em áreas urbanas.
De acordo com Temporão, o número maior de casos da doença neste ano deve-se ao ciclo de cinco a sete anos de surtos em animais silvestres. Uma das explicações, segundo ele, para o maior registro de casos em humanos é o desequilíbrio ecológico e ambiental, que intensifica o contato da população com os animais portadores do vírus.
(Por Stênio Ribeiro, Agência Brasil, 17/01/2008)