Com o objetivo de melhorar o trânsito da cidade do Rio de Janeiro, foi assinado nesta quinta-feira (17/01) um acordo entre empresas e órgãos governamentais, para estudar a viabilidade de criação de uma linha de ônibus movida a bateria elétrica. O projeto deve ser implantado inicialmente apenas no centro da cidade do Rio.
Nesse estudo vai ser avaliado, por exemplo, se será necessário criar um novo trajeto ou apenas substituir uma linha tradicional. Outra questão que será analisada é se o país tem capacidade energética para abastecer essa tecnologia.
Segundo o presidente da Light (empresa que distribui energia para a cidade), José Luis Alquéres, se a medida for implantada em todas as grandes cidades do país, em um prazo de 10 anos, haveria um aumento de cerca de 5% na carga total de energia elétrica, o que não representaria um problema muito grande sobre a questão do abastecimento.
De acordo com o diretor urbanístico do instituto Pereira Passos, ligado à prefeitura do Rio, Antônio Correia, o uso do ônibus elétrico vai melhorar a qualidade de vida e vai facilitar a circulação das pessoas.
"Hoje a dinâmica está sendo toda em função de abandonar o sistema coletivo, em busca do individual, o que é péssimo para a cidade. Ficaria inviável circular dessa forma em um grande centro. Então, deve-se pensar em um sistema eficiente, que seja exatamente o que a demanda quer. E as reclamações são justamente sobre a falta de conforto, a poluição e o ruído", afirmou.
A idéia de um transporte coletivo movido a energia elétrica não é pioneira, a própria Light já operou uma linha de ônibus elétrico no Rio de Janeiro, no começo do século passado. Ela circulava pela avenida Rio Branco, ligando a Cinelândia à Praça Mauá.
De acordo com a Light, a experiência também já foi implantada com sucesso em outros países do mundo, como a Espanha e os Estados Unidos.
(Por Mariana Borgerth, Agência Brasil, 17/01/2008)