Sarandi (RS) – Repensar um novo modelo energético e um padrão de consumo mais sustentável são desafios que estão postos às organizações sociais nos próximos anos no setor de energia.
O coordenador nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Gilberto Cervinski, esteve presente nesta terça-feira (15/01) no 24º Encontro Estadual do MST e enfatizou a importância da população se informar sobre o tema. Para ele, a construção de novas usinas hidrelétricas, que podem chegar a 500 nos próximos dez anos no Brasil, trarão conseqüências irreversíveis ao meio ambiente e à população, e irá atender somente a interesses de grandes empresas, que já lucram com o alto custo da energia.
Gilberto defendeu a implantação de empreendimentos alternativos de energia, utilizando o sol, o vento e os agrocombustíveis. No entanto, alertou que, se o consumo da energia por países em desenvolvimento não for revisto, não há como produzir energia suficiente no mundo. Enquanto que no Brasil uma família gasta, em média, 140 quilowatts por mês, nos Estados Unidos essa quantidade chega a 1,5 mil quilowatts.
O 24º Encontro Estadual do MST iniciou na segunda-feira (16) e segue até o final da semana em Sarandi, no norte gaúcho.
(Por Raquel Casiraghi,
Agencia Chasque, 16/01/2008)