Equipe da Semmam já registrou 15 pedidos de intervenção em São Leopoldo
Com o período do verão, aumenta a preocupação com a movimentação de abelhas pela cidade. Dados da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semmam) de São Leopoldo atestam que, desde o mês de dezembro, pelo menos 15 pedidos de intervenção foram encaminhados para que enxames fossem retirados de casas e locais públicos. O aumento no número de aparições de abelhas na cidade tem um motivo bastante específico: o verão é a época de reprodução dos insetos.
Com o nascimento de novas abelhas e zangões, os antigos habitantes das colméias são obrigados a mudarem-se e procurarem outro lugar para morar, acompanhando a abelha-rainha. É por isso que enxames são avistados com tanta freqüência. O ritual faz parte do processo de renovação das colméias. Segundo o diretor de Licenciamento Ambiental da Semmam - e apicultor nas horas vagas - Joel Garcia Dias, o aparecimento dos insetos em um local não deve ser encarado como definitivo. “As abelhas, às vezes, ficam por pouco tempo no local e vão embora.” Somente após encontrarem um local propício à instalação de uma nova colméia, o que envolve critérios como segurança e abundância de alimento, os insetos se estabelecem de forma permanente.
A recomendação da Prefeitura é de que os moradores não tentem lidar sozinhos com enxames de abelhas. Caso os insetos se instalem em algum local público, é necessário comunicar à Semmam ou à Secretaria Municipal da Saúde, que se encarregarão de tomar as providências. “Quando as abelhas aparecem em alguma área pública, nós sempre recomendamos que as pessoas não se aproximem do enxame”, afirma Dias. Nas ocasiões em que os insetos escolhem uma propriedade particular para ficarem, é necessário que o morador contate o Corpo de Bombeiros ou um apicultor profissional. “Somente pessoas habilitadas podem realizar esse atendimento”, lembra Dias. Normalmente, serviços do tipo devem ser realizados à noite, já que as abelhas não voam no escuro. É necessário pagar pelo trabalho do apicultor.
Algumas circunstâncias podem determinar o extermínio dos insetos. Na semana passada, por exemplo, um enxame instalado em uma árvore próxima à Biblioteca Municipal de São Leopoldo teve que ser eliminado pela Semmam. A árvore em que os insetos pousaram, uma corticeira, é protegida por lei. Como não era possível realizar a intervenção, que às vezes exige cortes, as abelhas foram todas mortas. “Às vezes temos que optar pela segurança pública”, explica o diretor. Para obter maiores informações sobre os procedimentos em relação às abelhas, basta entrar em contato com a Semmam, pelo telefone 3592-2004.
(Jornal VS, 16/1/2008)