Ambientalistas defendem que a população deve abandonar o uso desse tipo de embalagem Rio Grande do Sul - Embalagens plásticas, sacolas, saquinhos de supermercado e garrafas pet, quando acumulados em aterros sanitários, prejudicam o meio ambiente. A explicação é que o plástico é um derivado do petróleo - substância não renovável, feita de uma resina chamada polietileno de baixa densidade (PEBD) – que demora séculos para se degradar. Isso tem efeito direto no entupimento de esgotos e galerias. Além disso, provocam danos à fauna marinha, quando são levados por rios e mares.
No mar, o plástico é confundido por peixes e tartarugas marinhas como água viva, um de seus alimentos. Assim, esses animais correm o risco de ingeri-lo e morrer por obstrução do aparelho digestivo. Não é à toa que ambientalistas defendem que esse tipo de embalagem deve ser abandonado aos poucos pela população em geral, em nome de uma melhor qualidade de vida no Planeta. Eles recomendam que, aos poucos, as embalagens plásticas descartáveis sejam substituídas por materiais biodegradáveis (no Brasil, há pesquisas sobre a produção de plásticos a partir da cana de açúcar e milho). Outra idéia é substituir as sacolas plásticas pelas nãodescartáveis, as antigas sacolas de feira ou encaminhar esse tipo de material para locais de reciclagem.
O plástico foi inventado em 1862 e revolucionou o comércio por sua praticidade e preço acessível. Apesar de antiga a invenção só explodiu no Brasil a partir da década de 80. E somente nos últimos anos foi descoberto que ele é um dos grandes vilões do meio ambiente. Mas cada um de nós pode fazer a sua parte. No supermercado, na feira ou na venda, por exemplo, a dica é levar uma sacola própria para fazer as compras. Se a quantidade de compras for muito grande e houver necessidade de mais sacolas, não tem problema, a questão é primeiramente diminuir o número de sacolas plásticas. Outra alternativa é solicitar caixas de papelão ao supermercado.
As sacolas oxibiodegradáveis também estão na mira dos especialistas. Apesar delas se “desfazerem” no ambiente, diferentemente de uma sacola biodegradável, que é consumida por microorganismos, a sacolas oxibiodegradáveis se utilizam de componentes químicos nocivos para sua decomposição. Até o momento não está comprovado que esses componentes não continuam a poluir o ambiente, de forma que os nossos olhos não percebam.
Até que se chegue a um consenso sobre o uso ou não de embalagens oxibiodegradáveis, vale tomar algumas medidas, entre elas dar preferência aos sacos de papel. Outras atitudes de compra impensadas levam ao uso de sacolas plásticas. Um exemplo: para evitar a compra de um produto que irá para o lixo antes do seu consumo, verifique a data de validade. Além de evitar o desperdício de dinheiro, certamente irá precisar de um ou vários saquinhos para colocar o produto no lixo.
Lixo gera recursos para ações sociaisEm um mês, cerca de uma tonelada de lixo é reciclado pela empresa ALL (América Latina Logística) - maior operadora logística com base ferroviária da América Latina. A empresa adotou em seu terminal de Porto Alegre, um sistema de reciclagem de lixo que alia consciência ambiental com responsabilidade social. Com a criação da “Central de Resíduos”, a empresa está reaproveitando uma tonelada de entulho ao mês, em média.
Com a coleta seletiva, a ALL vende o lixo para empresas recicladoras de resíduos e aplica esses recursos em atividades voltadas para a comunidade, como também para seus colaboradores.
A empresa aproveitou um galpão desativado, para montar a estrutura de coleta e separação de lixo. No local são armazenados materiais que provém de sobras da operação como: plásticos, papéis, madeiras, borrachas, metais e outros resíduos. Os materiais são vendidos e por meio desses recursos gerados com o lixo, são promovidas, em média, 20 ações comunitárias ao longo do ano. São atividades voltadas para a saúde, meio ambiente, solidariedade e integrações.
A analista de gestão da ALL em Porto Alegre, Gisele Hidalgo, destaca que o sucesso da iniciativa deve-se a conscientização de todos os colaboradores do terminal em relação à reciclagem de lixo. “É uma ação que envolve em modo geral as pessoas da empresa. Nada é jogado no chão e descartado de forma desnecessária, existe uma grande consciência da equipe. Além disso, a Central tornou-se auto-sustentável, pois seu produto viabiliza realizarmos diversas ações a cada mês”, enfatiza.
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Diário de Canoas, 15/01/2008)