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febre aftosa
2008-01-16
Em 15 dias de campanha, a vacinação contra a febre aftosa nos 23 municípios integrantes da Coordenadoria Regional de Pelotas da Secretaria de Estado da Agricultura, atinge cobertura média de 60% do rebanho bovídeo (bovinos e bubalinos). Entre os mais adiantados estão São José do Norte, com 83,6% de cobertura vacinal e Rio Grande, com 72%. No ano passado, a região vacinou 95% do rebanho e neste ano, a meta é atingir 98% de cobertura.

A informação é do supervisor regional da SAA, médico veterinário, José Flávio Vieira. Segundo ele, a população de bovídeos é de 1,85 milhão de cabeças nos 23 municípios, que têm até sexta-feira para enviar as informações à Coordenadoria. Um dos municípios mais atrasados é Canguçu com 34%. A explicação para o baixo índice é o grande número de pequenos produtores no município, que na sua maioria estão envolvidos na colheita do fumo ou no plantio do milho, explica Vieira. "A expectativa é de que este índice aumente consideravelmente a partir da segunda quinzena deste mês."

Para quem ainda não vacinou, o médico veterinário alerta que o prazo se encerra no dia 31, sem prorrogação. "Quem não vacinar será notificado e autuado e ficará impedido de movimentar seus animais." Além disso, o produtor enquadrado no Pronaf perde o direito de receber as vacinas gratuitamente. "Quem ainda não vacinou deve se dirigir à inspetoria veterinária de seu município para retirada da vacina, em caso de pequeno produtor, ou da autorização para a compra do produto."

Dos 23 municípios, oito (Camaquã, São Lourenço do Sul, Piratini, Herval, Arambaré, Chuvisca, Arroio do Padre e Chuí) ainda não enviaram as informações à Coordenadoria. Nos demais, Pinheiro Machado registra 55% de cobertura, Pedras Altas 62%, Cristal 38%, Santa Vitória 70%, Jaguarão 46%, Arroio Grande 47%, Santana da Boa Vista 52%, Pedro Osório 62%, Cerrito 53%, Pelotas 46,5%, Morro Redondo 48% e Turuçu 42%.

Auditorias do Eras
Paralelo à vacinação, os técnicos da Coordenadoria realizam auditorias de Estabelecimento Rural Aprovado no Sisbov (Eras) em 94 propriedades registradas na supervisão de Pelotas, explica Vieira. "No local, os técnicos constatam itens como documentação e identificação dos animais através de brincos, entre outros."

Região de Alegrete também registra índice vacinal acima de 50%
O município com maior índice de vacinação é São Gabriel, com 72% do rebanho imunizado. Prazo para aplicar as doses da vacina encerra dia 31 de janeiro.
Os oito municípios da área de abrangência da Coordenadoria Regional de Alegrete da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa) já ultrapassam os 50% de cobertura vacinal contra febre aftosa, conforme dados divulgados nesta terça-feira (15). O município com maior índice de vacinação é São Gabriel, com 72% do rebanho imunizado.

De acordo com o supervisor regional do Departamento de Produção Animal (DPA), Joal Barrientos Pontes, a meta é ultrapassar a cobertura vacinal de 94% atingida em 2007. A região de Alegrete conta com um população bovídea (bovinos e bubalinos) de 1,8 milhão de cabeças. A 1ª etapa de vacinação contra a febre aftosa começou dia 2 de janeiro e encerra no dia 31. Não haverá prorrogação deste prazo.
O balanço oficial dos primeiros 15 dias da campanha será divulgado no próximo dia 21 pelo secretário da Agricultura, João Carlos Machado.

Doença pode ser controlada nas Américas em três anos
A febre aftosa caminha para ser controlada nas Américas em até três anos, mas depende da ação dos governos locais e do setor privado para fomentar ações de estruturação nas defesas sanitárias de alguns países, principalmente Venezuela, Bolívia e Equador. O assunto foi tema da reunião encerrada ontem no Ministério da Agricultura, em Brasília (DF), da qual participaram o ministro Reinhold Stephanes, representes do Governo, do setor privado e do Centro Panamericano de Febre Aftosa (Panaftosa).

De acordo com o secretário interino de Defesa Sanitária, Odilson Silva, a previsão de que a febre aftosa possa ser controlada no continente foi feita pelo diretor do Panaftosa Albino Belotto. De acordo com Silva, a Venezuela, com o registro de 36 casos da doença no ano passado, é a maior ameaça à sanidade do continente "Foi pedido ao ministro que ajude na estruturação da defesa local, já que só mandar vacina não tem adiantado", disse Silva. "É preciso ainda um maior controle na fronteira entre os dois países, pois muitos caminhões que voltam da Venezuela para o Brasil sem cargas podem trazer a doença", explicou o secretário.

Ainda segundo Silva, Stephanes se comprometeu a ajudar o país vizinho e ainda a avaliar os pedidos feitos para melhoria nas estruturas de laboratórios para a produção de vacinas e de análises das doenças no Brasil. Os últimos focos de febre aftosa no Brasil surgiram em outubro de 2005, no Mato Grosso do Sul e no Paraná.

(Diário Popular, 16/01/2008)

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