Prefeitura de São Gonçalo confirma a morte pela doença. Foco do mosquito estava em terreno vizinho à casa da paciente
A Secretaria Municipal de Saúde de São Gonçalo confirmou ontem que a dengue hemorrágica matou a dona-de-casa Sirlene Mendonça dos Santos, 40 anos. Moradora do bairro Rio do Ouro, Sirlene morreu dia 12 após permanecer uma semana internada no Pronto-Socorro do município.
A exemplo da dengue, a febre amarela, doença também provocada por picada de mosquito, continua fazendo vítimas. Ontem, o Ministério da Saúde disse que subiu para cinco o número de mortes pela febre amarela confirmadas no País desde dezembro, com o resultado dos exames de mais três vítimas.
Segundo o pai de Sirlene, o almoxarife Celino Moraes dos Santos, 66, agentes da Vigilância Epidemiológica localizaram focos do Aedes aegypti num terreno baldio próximo à casa da filha. “Ela sempre tomou os cuidados necessários para evitar o contágio. Em casa, ela evitava água parada em vasos, ralos e canaletas. Mas o perigo morava ao lado”, lamentou.
Segundo a família, Sirlene começou a passar mal no dia 21 de dezembro, quando apresentou os primeiros sinais de cansaço, dor no corpo e febre alta. Mas, como ela havia acabado de reformar o quarto da filha Letícia, 6 anos, parentes desconfiaram que o cansaço fosse decorrente do esforço físico.
“A princípio, desconfiamos que a Sirlene estivesse com virose. Minha mulher nunca teve dengue. É o tipo de doença que acreditamos que nunca vai acontecer com a gente”, reclama o marido, o mecânico Rogério Ferreira dos Santos, 40.
Sirlene deu entrada no Pronto-Socorro de São Gonçalo no domingo, dia 6. Na terça-feira, dia 8, ela chegou a receber alta, mas voltou a ser internada no dia seguinte ao sentir dormência e sangramento na gengiva. Na sexta-feira, dia 11, Sirlene foi transferida para o Centro de Tratamento Intensivo (CTI), onde morreu no dia seguinte.
(André Bernardo, O Dia, 16/01/2008)