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2008-01-15
Évora - O prefeito de Évora, cidade da região do Alentejo, centro-sul de Portugal, excluiu nesta segunda-feira a necessidade de evacuar a zona residencial onde aconteceram duas explosões nos últimos dias por causa de um vazamento de gás, garantindo que o nível de risco é nulo.

"O abastecimento de gás canalizado continua cortado e, por isso, o nível de periculosidade é zero. Não há razão para tomar medidas que não se impõem, pelo que não colocamos a perspectiva de evacuação", disse José Ernesto Oliveira, prefeito de Évora, em declarações à Agência Lusa.

Cerca de 2.500 moradores de um bairro de Évora estão sem gás canalizado desde domingo após um corte no abastecimento, por precaução, motivado por um vazamento que provocou duas explosões no espaço de poucos dias.

A primeira explosão aconteceu na quinta-feira passada, no início da tarde, em um salão de cabeleireiro, causando ferimentos graves em uma mulher. A vítima de 34 anos sofreu queimaduras de segundo e terceiro grau e foi transferida para o Hospital de S. José, em Lisboa.

Outra pessoa sofreu ferimentos leves e foi atendida no local.

A segunda explosão ocorreu na madrugada deste domingo. Apesar de não ter provocado feridos, o acidente obrigou a família de quatro pessoas que vivia na casa atingida a deixar a residência.

Os dois imóveis onde ocorreram as explosões estão situados em ruas próximas, em uma das regiões mais populosas de Évora.

Segundo garantiu nesta segunda-feira o prefeito da cidade portuguesa, o abastecimento de gás natural continuará cortado por tempo indeterminado.

"A Prefeitura não vai permitir a abertura da rede enquanto as entidades certificadoras de gás não fizerem um relatório completo e não garantirem a segurança", declarou.

O governante local acrescentou que equipes técnicas especializadas estão trabalhando no local desde domingo para "identificar a origem desta eventual fuga de gás".

Para isso, a rede foi completamente esvaziada e, depois, preenchida com gás inerte para que pudessem ser efetuadas medições.

O procedimento serve para "detectar se a pressão se mantém igual ou se existem variações" no decorrer da tubulação, afirmou José Ernesto Oliveira, garantindo que este trabalho é "moroso" por ser realizado por trechos.

Segundo o prefeito de Évora, no momento não há registro de vazamento de gás explosivo na região. No domingo, quando ainda havia níveis elevados de concentração de gás, foram tomadas medidas como a retirada de tampas de bueiro para arejar as tubulações.

"O esgoto foi lavado com milhares de litros de água e os moradores foram aconselhados a não manusear aparelhos elétricos nas habitações", explicou José Ernesto Oliveira.

(UOL, 14/01/2008)


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