Porto - Seis em cada dez proprietários de casas noturnas em Portugal estimam reduzir o número de funcionários caso persista a queda de clientes supostamente provocada pelas restrições ao fumo, segundo resultados de uma pesquisa divulgada no Porto.
O levantamento foi promovido pela Associação de Bares da Zona Histórica do Porto junto de cerca de 200 operadores do setor, explicou o presidente da organização, António Fonseca.
No mesmo universo de entrevistados, 80% disseram que não concordam com a lei e afirmaram que, se pudessem, optariam por manter o cigarro livre nos seus estabelecimentos.
De acordo com António Fonseca, as limitações ao fumo em espaços fechados, decorrentes da aplicação da nova Lei do Tabaco, provocaram queda de afluência aos estabelecimentos noturnos "de 30% a 70%".
O dirigente associativo enviou na quarta-feira uma carta ao ministro português da Saúde, Correia de Campos, pedindo uma reunião "com caráter de urgência".
A Associação de Bares da Zona Histórica do Porto reclama também a revisão da Lei do Tabaco e reitera o pedido de demissão do diretor-geral de Saúde, Francisco Georges, feito na quarta-feira em entrevista coletiva.
Na ocasião, a entidade acusou o diretor-Geral de Saúde que acusa de ter "recuado" quanto à permissão de fumar nos cassinos.
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UOL, 14/01/2008)