A morte de um macaco com sintomas de febre amarela fez com que a Vigilância Sanitária interditasse um parque ambiental e o zoológico municipal de Cascavel, oeste do Paraná. O animal morreu no início do mês, com hemorragia.
Segundo o chefe da 10ª Regional de Saúde, Marcos Tomasetto, essa decisão e todo o trabalho de monitoramento estão sendo feitos em conjunto pelas secretarias municipal e estadual de Saúde e o Ministério da Saúde.
Ele explicou que o local não foi interditado antes porque o período de transmissão da doença, se for o caso, começa agora. “A idéia não é criar pânico na população, mas alertar para a necessidade da vacina. Entretanto, o clima é de tranqüilidade porque a cobertura vacinal no estado é grande, de 70%”.
De acordo com Tomasetto, a medida é preventiva e deve durar uns 20 dias, até que o Instituto Evandro Chagas, em Belém, para onde foi enviado material para exames, divulgue os resultados.
“ É importante lembrar que todos os dias morrem macacos, mas preferimos tomar medidas que pequem pelo excesso de zelo. É importante lembrar que a região é de transição, devido à proximidade com o Parque Nacional do Iguaçu, onde vivem muitos macacos soltos”.
De acordo com informações da Secretaria de Vigilância em Saúde, até 1999 o controle da febre amarela se pautava exclusivamente na ocorrência de casos humanos. A partir daquele ano, com a observação de mortes de macacos em vários municípios de Tocantins e Goiás e o subseqüente aparecimento da doença na população, tais eventos passaram a ser vistos como sinalizadores de eventual risco de casos humanos de febre amarela silvestre.
Em sua imensa maioria, as mortes de macacos não têm como causa a febre amarela. Mesmo assim, em todas as situações são desencadeadas medidas de proteção da população residente nas localidades afetadas, em especial, a vacinação da população não vacinada nos últimos dez anos.
(Por Lúcia Nórcio, Agência Brasil, 14/01/2008)