As fabricantes norte-americanas de automóveis aproveitaram o início do Salão de Detroit, no domingo (13), para defender a redução no consumo de gasolina.
Seguindo a tendência das últimas edições, a General Motors (GM), a Ford e a Chrysler apareceram no salão mais "verdes" do que nunca.
O grande anúncio da GM na abertura do primeiro dia do Salão não foi um novo veículo, mas um surpreendente acordo com a desconhecida empresa Coskata para fabricar etanol a partir de praticamente qualquer produto e a um custo muito mais barato do que atualmente.
O presidente da GM, Rick Wagoner, disse que frente à crescente demanda de energia que o mundo experimentará nos próximos anos, a resposta é perfeitamente clara. "Temos que desenvolver formas de propulsão alternativas para poder responder", afirmou.
A chave é a tecnologia desenvolvida pela Coskata que, graças à utilização de microorganismos e biorreatores, pode produzir etanol com materiais como ervas, sacolas de plástico e, inclusive, pneus velhos, a um custo de menos de US$ 1 por galão (3,7 litros).
A Ford e a Chrysler não ficaram atrás nos anúncios ecologicamente corretos, embora a segunda e terceira maiores fabricantes americanas tenham acertado as bases para uma acirrada disputa no terreno das pickups.
A Ford apresentou a EcoBoost, uma tecnologia que pode ser aplicada a qualquer motor e permite reduzir o consumo de combustível em 20% e as emissões de dióxido de carbono em 15%.
O segredo da EcoBoost é a utilização de uma sobrealimentação e a injeção direta. A Ford quer que, a partir de 2009, saiam de suas fábricas, a cada ano, meio milhão de veículos com esta tecnologia.
Enquanto isso, a Chrysler também anunciou que, nos próximos anos, ampliará sua gama de veículos híbridos e expressou seu compromisso com as tecnologias mais ecológicas.
As duas fabricantes, porém, reservaram seus maiores esforços para a apresentação do Ford F-150 e o Dodge Ram 1500, duas pickups que disputarão neste ano uma categoria-base para os resultados de Detroit.
(
Folha Online, 14/01/2008)