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emissões de gases-estufa mercado de carbono
2008-01-14
Porto Alegre, RS - Os resultados das primeiras prévias das eleições presidenciais norte-americanas dão um sinal de que a questão ambiental estará sim em foco no próximo governo e fortaleceram as expectativas de uma grande guinada política em 2009, com críticas implicações para o futuro da ação global contra as mudanças climáticas.

Enquanto a administração Bush se nega a assumir metas e impor preços sob o carbono através de comércio de emissões ou impostos, os candidatos ao cargo neste ano apóiam este caminho.

Democratas

Os democratas se unificaram em torno de metas de cortes drásticos nas emissões em meados do século. Barack Obama, Hilary Clinton e John Edwards, todos apóiam uma redução de 80% até 2050 e um esquema ‘cap and trade’.

Através de um sistema denominado “cap and trade” (algo como captura e comércio), as empresas e instituições que o integram recebem metas de redução das emissões de gases do efeito estufa e, para cumpri-las, podem adquirir créditos de carbono ou vender os créditos advindos de reduções além da cota. Mas será possível alcançar consenso para atingir este ambicioso objetivo no Congresso? Obama garante que, com liderança presidencial, é possível. “Esta será a prioridade número um do meu governo”, afirma.

Obama ressalta que é preciso lidar com o fato de que muitas das usinas energéticas do país são de queima de carvão e considerar os investimentos que deverá ser feito no seqüestro de carvão. “Se nós garantirmos que as duras tarefas e benefícios de uma política ambiental forte eventualmente se espalhem por toda a economia, então as pessoas irão querer nos ver agindo de maneira agressiva contra este problema”, diz.


Republicanos

Entre os republicanos, as posições variam um pouco ou não são expostas com clareza. Porém, o resultado da primeira rodada das primárias eleitorais nos estados de Iowa e New Hampshire colocou a frente da corrida os republicanos que apóiam ações climáticas.

O senador John McCain, vencedor republicado em New Hampshire, tem sido um forte defensor do esquema de comercio de emissões e um dos autores do projeto McCain-Leiberman no Senado, que propõe um corte de 65% das emissões em 2050. Mike Huckabbe, que triunfou em Iowa, também apóia a implementação de um comércio de emissões, mas não se compromete com nenhuma meta de redução integrada ao esquema de negociações.

Outros candidatos republicanos não são tão entusiasmados. Rudy Giuliani não declarou nenhuma política firme de mudanças climáticas enquanto que Mitt Romney apóia o regime de comércio de emissões se criado em conjunto com outros grandes emissores, como China e Índia. “Nós não chamamos de aquecimento americano, nós chamamos de aquecimento global”, disse durante um discurso na Carolina do Sul, no ano passado.

Metas de longo prazo são o primeiro passo para alcançar um mercado de carbono viável e colocar a economia num caminho de transição para o chamado “low carbon”. Os detalhes das propostas de esquema de “cap and trade” e de metas de redução de emissões, no entanto, serão o verdadeiro teste de qualquer política climática que surja com o novo presidente.

Obama e Hillary apóiam a proposta “Ato de redução de poluição e aquecimento global” do Senado, que pede a volta das emissões para os níveis de 1990 em 2020 com uma contínua redução a cada década para alcançar 80% abaixo em 2050. Edwards apóia por completo o uso de permissões de emissões em um esquema obrigatório de “cap and trade”.

Se McCain continuar fiel a proposta feita ao Senado, pedirá a captura de emissões para alcançar em 2012 os níveis de 2004 e, em seguida, chegar em 2020 com os níveis de 1990, o que é o equivalente a cortar 15% os níveis atuais. Mas é enfático ao ser contra impostos de carbono. “Não. Cap and trade, para mim, é muito mais capitalista e orientado pelo liberalismo econômico”, afirma.


Eficiência energética

Padrões de eficiência de combustíveis em motores de automóveis também se tornaram um campo de batalha político nos Estados Unidos e uma peça chave nas políticas climáticas. Os candidatos democratas querem que padrões rígidos sejam impostos aos fabricantes – Obama sugere 50 milhas por galão em 2025, Clinton 40 mpg em 2017 e Edwards 55 mpg em 2030.

Hillary propõe ainda criar o Fundo Estratégico de Energia para financiar a transição para energias limpas, com recursos vindos de impostos que seriam cobrados de companhias petroleiras. A legislação permitiria a isenção de impostos àquelas que investirem em fontes alternativas como eólica e etanol. “Nós também tiraríamos os subsídios e usaríamos o fundo para criar uma indústria de energia limpa e milhões de emprego no país”, disse a candidata.

Entre os republicanos, McCain apóia altos padrões de combustíveis sem comprometer-se com nenhum, Huckabee é a favor de 35 mpg em 2020, Romney é contra qualquer proposta de padrão e Giuliani ainda não se pronunciou.

(Por Paula Scheidt, EcoAgência/CarbonoBrasil, 14/01/2008)


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