Comandante da Operação Golfinho garante que fará operações especiais para coibir poluição sonora
Os efeitos da diminuição do policiamento têm tirado o sossego dos moradores e veranistas do balneário de Curumim, em Capão da Canoa. A situação é agravada nos finais de semana, quando as ruas viram palco de demonstrações de veículos com som alto e baderna. Neste veraneio a comunidade reclama da retirada da viatura fixa que fazia a ronda. A ausência de um posto policial, que acabou desativado, transformou o balneário em território livre também para rachas de motos e carros, durante a madrugada, na avenida Aimoré.
Segundo os relatos, a viatura que circula pelo balneário também atende a Arroio Teixeira e Capão Novo. 'Tínhamos pelo menos três policiais, que ficavam numa casa locada pela prefeitura. Agora, numa situação mais grave, contamos com a sorte de a viatura estar próxima', afirmou Eraldo Vieira Brehm, proprietário de hotel.
Comentou que há dois anos o comércio local se ofereceu para pagar as contas de água e luz do salão paroquial, caso a Brigada Militar quisesse instalar um posto. O mais próximo fica em Capão Novo e o atendimento pode demorar. No Ano-Novo, ocorrências de brigas foram comunicadas aos policiais, que levaram uma hora para chegar. Nos hotéis, são comuns as reclamações de barulho. Segundo a gerente Patrícia Barbosa, a situação fica insuportável nos finais de semana.
O comandante da Operação Golfinho no Litoral Norte, coronel Péricles Álvares, admite a carência de pessoal. 'O ideal seria ter mais efetivo, mas tentamos minimizar a situação com os recursos disponíveis.' Segundo ele, os relatos da comunidade motivarão operações especiais contra poluição sonora e rachas. 'É importante que a população comunique os problemas e forneça informações.' Na Operação Golfinho, 320 PMs e 620 alunos em formação reforçam o policiamento.
(Correio do Povo, 14/01/2008)