A determinação de só permitir a entrada de visitantes no Parque Nacional de Brasília com a apresentação do cartão de vacinação junto com um documento de identidade está sendo cumprida pelos agentes da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.
Pelo menos cinco carros foram impedidos de entrar no parque logo após a abertura, no início da manhã, porque os ocupantes não cumpriam a exigência de apresentação dos documentos, imposta por causa do perigo de contaminação por febre amarela.
Na manhã de domingo (13/01), quando o Água Mineral (nome mais comum dado ao parque, pelo fato de suas piscinas serem de águas de nascente) reabriu, 15 pessoas, entre funcionários do próprio parque, da Polícia Militar, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, estavam presentes, observando à distância a atuação dos agentes de saúde.
Nas primeiras horas do dia, cerca de 30 carros tiveram a entrada liberada, porque seus ocupantes cumpriram a exigência: todos apresentaram cartão de vacinação e documento de identidade. Nem a imprensa teve autorização para passar do portão sem o comprovante. O tempo nublado e a falta de certeza de que o parque abriria mesmo hoje podem ter sido as causas da baixa freqüência.
O parque estava fechado desde 28 de dezembro, devido à morte de dois macacos no local, e outros quatro no bairro Park Way. A suspeita de que os animais foram vitimados por febre amarela silvestre fez com que as autoridades sanitárias do DF interditassem o local como medida preventiva.
O agente sanitário responsável pela supervisão do Parque Nacional neste domingo, Mozart José da Silva Filho, relata que pessoas disseram ter visto macacos mortos no parque, mas quando foram localizados, já estavam em decomposição.
"A vigilância ambiental resgata os macacos mortos, faz a necropsia e recolhe o material para fazer análise. Agora, nós só podemos fazer a análise nos macacos mortos, se nós encontrarmos o macaco com pelo menos até seis horas após o óbito".
Um dos transmissores da febre amarela é o mesmo que transmite a dengue, o Aedes egypti. Por isso, a preocupação entre os agentes sanitários se estende aos perigos de materiais impróprios jogados no parque pelos vistantes, que podem reter água e servir como criadouro de larvas do inseto.
Por isso, a presidente da associação Amigos do Parque Nacional de Brasília, Sílvia Nogueira de Carvalho, distribuiu folhetos aos visitantes, onde pede para não jogar lixo no parque, não alimentar os animais e não utilizar xampu nas piscinas.
(Por Leandro Martins, Rádio Nacional, 13/01/2008)