O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, fez neste domingo (13/01) um pronunciamento em rede nacional para tranqüilizar a população sobre o temor de que esteja ocorrendo uma epidemia de febre amarela no país. “Não existe risco de epidemia”, afirmou Temporão aos brasileiros por volta das 20h, segundo nota distribuída pelo ministério.
Ele também destacou que os casos suspeitos estão restritos a áreas onde algumas pessoas não vacinadas entraram em florestas e matas nas últimas semanas.
Às pessoas que moram em áreas de risco ou vão viajar para lugares assim, e nunca se vacinaram ou não se vacinam desde 1998, Temporão vai pedir que o façam. A vacina dura dez anos. “Montamos uma grande barreira sanitária nas áreas de risco, protegendo estados e municípios contra a febre amarela. E, de imediato, convocamos as pessoas que vão viajar ou moram em áreas de mata para tomar a vacina”, afirmará o ministro.
Na semana passada, o ministro também descartou o risco de epidemia, em entrevista coletiva.
O Ministério da Saúde informou hoje, também por meio de nota, que dos 24 casos notificados como suspeitos pelas secretarias estaduais de Saúde, dois já foram confirmados e cinco descartados. Um dos casos confirmados resultou na morte de um morador de Brasília e o outro evoluiu para a cura de um residente de São Paulo. São apontados como prováveis locais de infecção a zona da mata de Goiás e o Mato Grosso do Sul, respectivamente.
O comunicado esclarece ainda que em janeiro de 2008, foram enviados para todo o Brasil 3,2 milhões de doses de vacina. Em 2007, a média mensal de envio para vacinação de rotina foi de 961 mil doses por mês, totalizando 11,5 milhões. Além disso, o ministério afirma que o Brasil não tem casos de febre amarela urbana desde 1942. Os casos registrados desde então foram todos da modalidade silvestre, ou seja, de pessoas que contraíram a doença nas florestas.
(Por Yara Aquino, Agência Brasil, 13/01/2008)