MAPUTO - Cerca de 50 pessoas morreram em inundações em Moçambique, que também obrigaram dezenas de milhares de habitantes a abandonarem suas casas nos dez últimos dias, informou neste domingo o Escritório de coordenação dos assuntos humanitários da ONU (OCHA).
Cerca de 30.000 pessoas foram evacuadas das áreas inundadas, e 72.000 tiveram sua casa destruída ou solicitaram alguma forma de ajuda, declarou Odile Bulten, porta-voz do OCHA.
Várias aldeias à beira do rio Zambeze foram devastadas por estas inundações, provocadas por chuvas torrenciais excepcionais na bacia fluvial.
A temporada de chuva começou no fim de novembro e provocou rapidamente o transbordamento dos rios Zambeze e dos riachos Pongue, Buzi e Save.
O governo emitiu um alerta vermelho no dia 3 de janeiro.
Bulten destacou que as autoridades lançaram o alerta cedo no Moçambique, e tomaram providências antes do início das chuvas. As agências humanitárias dispõem no país de um estoque de alimentos, cobertores e equipamentos diversos suficiente para suprir as necessidades da população durante duas semanas, afirmou a porta-voz da agência da ONU.
Milhares de pessoas foram instaladas em escolas e outros edifícios públicos transformados em centros de recepção dos sinistrados.
O Fundo da ONU para a infância (Unicef) declarou na semana passada que precisa de 2,4 milhões de dólares para ajudar as vítimas das inundações em Moçambique.
Em 2000 e 2001, o país africano foi abalado por chuvas torrenciais que provocaram mais de 700 mortos.
(
Terra, 13/01/2008)