O combate à dengue na Região Metropolitana de Belém vai ganhar reforço a partir deste mês, com a parceria firmada entre a Secretaria de Saúde Pública do Pará e o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam). A ação é fruto de um plano de trabalho esboçado pelas partes envolvidas e diretamente beneficiada pelo acordo de cooperação técnica existente desde o ano passado entre o Sipam e o governo estadual.
Com esse trabalho conjunto, será possível identificar as áreas mais vulneráveis à doença nos cinco municípios que integram a região metropolitana.
Segundo o gerente do Sipam em Belém, Edson Rocha, com as informações que serão oferecidas pelo sistema instituição, como mapas e dados geográficos, técnicos e especialistas em saúde poderão concentrar sua atuação nos locais emergenciais, especialmente os que têm caixas d'água abertas, piscinas e terrenos baldios.
Rocha explicou que o objetivo é contribuir para o combate à doença com base nas informações técnicas, imagens e dados georreferenciados de que o Sipam dispõe de forma casada com os conhecimentos e experiências da secretaria em campo. Para ele, a parceria é uma forma barata e importante de identificar onde devem ser concentrados os esforços.
"Tudo isso pode ser feito em tempo real. Já estamos sobrevoando alguns bairros e, agora, os agentes de saúde poderão atuar nesses locais com base nos dados georreferenciados. Trata-se de um apoio significativo aos agentes de combate a endemias", disse Rocha.
Além do procedimento de vigilância contra a dengue feito pelos municípios, por meio do Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypti (Lira), o monitoramento reunirá dados que poderão nortear as ações de combate à dengue, aumentando a eficácia das medidas contra a doença.
De acordo com a Secretaria de Saúde Pública do Pará, de janeiro do ano passado até o início deste mês, foram notificados em todo o estado 14,6 mil casos de dengue, sendo 56 do tipo hemorrágico, com 15 óbitos.
A Região Metropolitana de Belém é composta pelos municípios de Ananindeua, Benevides, Marituba e Santa Bárbara do Pará.
(Ambiente Brasil, 12/01/2008)