O projeto “Praça ecológica”, que resultou na produção de um caderno, teve na tarde de quarta-feira (09) a sua última palestra desta primeira parceria do Núcleo Amigos da Terra Brasil com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMAM), viabilizada pelo Fundo Municipal do Meio Ambiente, para a realização das suas Quartas Temáticas da Cidade. O público presente assistiu o arquiteto da SMAM, Oscar Carlson, tratar de "Propostas para espaços públicos sustentáveis em Porto Alegre".

Os encaminhamentos dessa última palestra nessa edição das Quartas Temáticas incluem ampliar e manter a discussão do trabalho realizado entre os demais departamentos da SMAM; promover educação ambiental contínua e buscar a alteração do Manual de Procedimentos para a análise e aprovação de projetos de loteamentos e condomínios da CTTAPS - Comissão Técnica de Análise e Aprovação de Parcelamento do Solo - para inserir diretrizes de sustentabilidade.

Projeto
Na busca pela capacitação foi que, entre julho e dezembro de 2007, os técnicos da DPC da SMAM participaram de reuniões temáticas com arquitetos membros do NAT para a discussão de diretrizes para um espaço sustentável e, ainda, foram realizados seminários com todo o corpo técnico da divisão. O caderno chamado “Diretrizes para um espaço sustentável” é o produto final destes debates e contém as apresentações do NAT com as inserções elaboradas a partir das consultas feitas pela equipe da DPC/SMAM.

O caderno está disponível na biblioteca do NAT e da SMAM, bem como no site www.natbrasil.org.br em pdf. Do NAT, a equipe de arquitetos responsável é composta por Carolina Herrmann, Letícia Rodrigues, Vivian Ecker e o acadêmico Fernando Costa. Da DPC/SMAM são Oscar Carlson e Renata Rizzoto. A colaboração foi de Soraya Ribeiro da SMAM e Paulo Wolff da ong Oekoscientia.
 
Palestra
Carlson explicou que Desenvolvimento sustentável significa não comprometer as gerações futuras quanto ao atendimento de suas necessidades. Os princípios incluem o ser humano como centro e fim; o emprego parcimonioso de recursos não renováveis; o respeito à diversidade cultural. E, as dimensões têm cinco aspectos: ambiental, social, econômico, político e cultural.
 
“Hoje se fala em ‘arquitetura sustentável’, um conceito em definição, uma vez que não há consenso sobre o que é sustentabilidade urbana,” disse. Segundo o arquiteto, as diretrizes são: favorecer a integração do espaço social com o natural, usar fontes locais de energia, preferir produtos com possibilidade de reaproveitamento, preferir produtos que demandem menor consumo de energia no processo de fabricação, preferir produtos que gerem menor emissão de monóxido de carbono, dentre outros.

“Mudar a mentalidade” das pessoas é o consenso entre os presentes, além de Carlson que pronunciou estas palavras e da presidente do NAT Maria Henriqueta Homrich. Para ela, as Quartas Temáticas da Cidade são a oportunidade de se parar para pensar nestes conceitos e se dar conta de que não sabemos tudo, de que podemos melhorar sempre. “Que as palestras sigam e que outras ong’s também desenvolvam os seus projetos, de modo a divulgar mais e de mudar a mentalidade de mais pessoas,” concluiu.

(Por Eliege Fante, Núcleo Amigos da Terra Brasil, 10/11/2008)